Cerca de 50 estudantes voltaram a ocupar a sede da Secretaria de Estado de Educação, no Santo Cristo, região portuária do Rio. Eles reivindicam o fim do Sistema de Avaliação da Educação Externa do Rio, o Saerj, eleição direta para a direção das escolas, obras em algumas unidades e uma audiência com o governador em exercício, Francisco Dornelles. Os estudantes voltaram ao prédio nove dias depois de policiais do Batalhão de Choque terem retirado à força um grupo de alunos da rede pública que estavam acampados no local.
Nesta terça-feira, 31, a Polícia Militar proibiu os estudantes de abrirem os portões da secretaria e impediu a entrada de quentinhas (marmitex). Eles improvisaram uma corda com casacos amarrados e içaram as embalagens. Depois de negociação com a PM, a entrada de refeições foi autorizada. De acordo com a professora do Sindicato Estadual dos Profissionais do Ensino (SEPE), Marta Moraes, os professores estão do lado de fora do prédio “prestando solidariedade e cuidando para que os alunos não sofram violência”.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que negocia a desocupação do prédio “no âmbito criado pela Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública”. “A secretaria continuará a manter o diálogo com os mesmos e com entidades representativas de ambos (alunos e professores).”
A Seeduc informou ainda que “menos de 5% das escolas estão ocupadas”. “Nos últimos dias, já foram 18 unidades desocupadas no total, que já começaram a receber melhorias e reparos. Inclusive, o Colégio Estadual Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, primeira unidade a ser ocupada, recebeu melhorias e já está realizando atividades pedagógicas de acolhimento”, diz a nota.