Com o gol marcado na vitória por 1 a 0 do Corinthians sobre o Estudiantes, em jogo da rodada de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana, o criticado Gil entrou para top 5 da lista de zagueiros artilheiros do clube. Foi o 18º gol do defensor de 36 anos em 426 jogos, empatado com Olavo, que disputou 507 partidas com a camisa alvinegra entre as décadas de 1950 e 1960.
A lista é liderada por Pedro Grané, o "Canhão 420", apelido que ganhou em referência ao canhão de maior calibre usado na Primeira Guerra Mundial, por causa da potência de seu chute. Tetracampeão paulista entre 1920 e 1930, marcou 50 gols em 179 partidas. Há, contudo, uma diferença importante entre ele e os demais zagueiros artilheiros corintianos, pois Grané também jogava como lateral-direito.
Se Grané não for considerado, o exclusivamente zagueiro e exímio batedor de faltas Chicão seria o primeiro, pois tem 42 gols em 247 jogos. A lista continua com Goiano, autor de 22 gols em 296 jogos na década de 1950, e Célio Silva, com 19 em 157 partidas na década de 1990. No século 21, portanto, Gil é o vice-artilheiro, atrás de Chicão.
Querido pelo título brasileiro conquistado em sua primeira passagem pelo clube, Gil vem sendo alvo de críticas de uma parte da torcida alvinegra, que contesta seu desempenho como marcador e também sua forma física, em razão de seus 36 anos. Chegou até a ser cobrado na entrada do hotel no qual a delegação se hospedou em julho, em Belo Horizonte, antes de partida com o Atlético-MG.
"Sobre o que aconteceu no passado, procuro não ficar lembrando muito. O mais importante é a confiança que tenho dos meus companheiros e do professor, de poder entrar em campo e fazer o melhor… isso é o mais importante", disse o zagueiro depois da partida desta terça-feira.
De qualquer forma, o técnico Vanderlei Luxemburgo banca a permanência do experiente defensor ao lado do jovem Murillo para formar a dupla de zaga titular. Gil tem três gols nesta temporada, além de três assistências.