A mulher do governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), foi internada de emergência na manhã desta quinta-feira, 28. Alvo da operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na última terça-feira, Helena Witzel teria tido um pico de pressão – em nota, o governo disse que ela sentiu um "mal-estar".
Considerada uma personagem central na investigação do Ministério Público sobre o suposto esquema de corrupção na Saúde em meio à pandemia, Helena foi levada ao Hospital Central Aristarcho Pessoa, no Rio Comprido, zona norte. Witzel a acompanhou.
Segundo o Palácio Guanabara, a primeira-dama foi examinada, liberada e passa bem.
Na manhã de terça-feira, o Laranjeiras, residência oficial do mandatário, foi um dos endereços visitados pela Polícia Federal no âmbito da operação Placebo.
A casa em que o casal morava antes de assumir o mandato e o escritório de advocacia de Helena também foram alvos de buscas e apreensões.
Contratos do escritório de Helena com uma empresa investigada na Lava Jato entraram na mira dos investigadores. A suspeita é de que ela não tenha prestado os serviços pelos quais foi paga – o valor é de R$ 540 mil.
<b>O que diz a defesa de Helena Witzel sobre as acusações</b>
Sobre a ação de busca e apreensão realizada no escritório e em sua atual residência, a advogada Helena Witzel, responsável pelo escritório HW Assessoria Jurídica, esclarece que:
1 – A diligência nada encontrou que pudesse comprovar alegações de seus requerentes;
2 – A HW Assessoria Jurídica prestou serviços para a empresa apontada pelo MPF, tendo recebido honorários, emitido nota fiscal e declarado regularmente os valores na declaração de imposto de renda do escritório;
3 – A advogada Helena Witzel reitera seu respeito às instituições, mas lamenta que a operação tenha sido imbuída de indisfarçada motivação política, sendo sintomático, a esse respeito, que a ação foi antecipada na véspera por deputada federal aliada do presidente Jair Bolsonaro.