O ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB- RN), afirmou nesta segunda-feira, 30, à reportagem que a votação do projeto que altera a meta fiscal, que o governo trabalha para que aconteça amanhã “é o momento para a base mostrar que é base”. “Amanhã é um dia vital para a base mostrar que é base”, disse, após se reunir com o vice-presidente Michel Temer.
Segundo Alves, a aprovação do projeto “é essencial” para o governo. “É uma questão central para o governo e para a presidente Dilma (Rousseff).” Alves disse ainda não acreditar que as novas suspeitas sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não devem atrapalhar o andamento do dia do Congresso amanhã. “Ele rebateu tão bem. Acho que atiraram errado”, disse.
De acordo com a Procuradoria-Geral da União (PGR), um documento colhido por investigadores da Operação Lava Jato na residência de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS), aponta suposto pagamento de R$ 45 milhões a Cunha para alterar medida que beneficiaria o banco de André Esteves. O banqueiro, o chefe de gabinete e o senador foram presos na semana passada.
Hoje cunha se disse vítima de “armação” e “armadilha” e afirmou que pode ter sido “plantada” a menção ao suposto pagamento de propina por parte do BTG Pactual para que fosse alterada uma Medida Provisória que beneficia bancos em liquidação. Sobre o andamento do processo de Cunha no Conselho de Ética, Alves também disse não acreditar que isso pode atrapalhar a aprovação do projeto da meta. Caso o governo não consiga cumpria a meta atual, que prevê superávit, a presidente pode ter as contas novamente reprovadas pelo TCU, abrindo espaço para novos pedidos de impeachment.
Temer
Mais cedo, Temer disse à reportagem que o governo iria mobilizar a base aliada para tentar votar o projeto que altera a meta fiscal de 2015. Depois, o vice-presidente reuniu-se com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.