O novo presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flavio Amary, tomou posse na noite desta segunda-feira, dia 29, em cerimônia realizada no Clube Atlético Monte Líbano, na capital paulista. Ele havia sido eleito em outubro do ano passado e ocupará o cargo até 2018, no lugar de Claudio Bernardes.
O empresário assume o Secovi em um momento de queda nas vendas de imóveis na cidade de São Paulo. No acumulado de janeiro a novembro de 2015, dado mais recente da instituição, foram comercializados 17.283 imóveis novos na capital paulista, recuo de 5,7% em comparação com igual intervalo do ano anterior. Além disso, é o pior resultado para o período desde 2004. O balanço fechado de 2015 será divulgado no próximo dia 9 de março.
Em seu discurso, Amary reconheceu o desafio e disse que sua atuação será focada no campo político. Segundo ele, a recuperação da economia passa por soluções políticas. “E o nosso mercado depende disso”, afirmou. Ele destacou que o Secovi “lutará” para que o programa habitacional Minha Casa Minha Vida seja preservado. Ao mesmo tempo, reconheceu as dificuldades do atual cenário político e econômico.
“Vivemos um momento particularmente complexo do Brasil. Nossa maior preocupação, hoje, é com o futuro. De 2013 até hoje, os episódios que marcam nossa história são estarrecedores, roubaram nossa confiança e abalaram nossa autoestima”, disse, lamentando em seguida que o Brasil esteja sendo “ameaçado” pela volta da CPMF.
Amary atua no mercado imobiliário há 23 anos, hoje como sócio-diretor da Renato Amary Empreendimentos Imobiliário. No Secovi, antes de se tornar presidente, acumulava as funções de vice-presidente do Interior e diretor regional de Sorocaba.
O evento contou com as presenças do vice-presidente da República, Michel Temer, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do ministro das Cidades, Gilberto Kassab e do senador Romero Jucá, além de vários deputados e vereadores.
Único político a discursar, o vice-presidente Temer fez um apelo para que todos os setores da sociedade fiquem “de mãos dadas” para que haja uma “pacificação nacional”. “Só assim poderemos construir o Brasil que os brasileiros esperam”, disse, em discurso realizado na cerimônia de posse.