A Amazon anunciou, na segunda-feira, 25, a aquisição do Twitch, plataforma que permite a qualquer pessoa transmitir em vídeo as suas partidas de videogame pela internet. O acordo foi de US$ 970 milhões e será todo feito em dinheiro, declarou a empresa em um comunicado à imprensa divulgado ontem.
Com a aquisição, a Amazon vence o Google em uma disputa por compras: em maio, várias reportagens afirmaram que a gigante de buscas havia selado um acordo para comprar o Twitch por US$ 1 bilhão, mas nada foi confirmado.
Criado em 2011, o Twitch tem hoje 55 milhões de usuários ativos mensalmente e contabiliza um acervo de 250 milhões de horas de vídeo. Além disso, um usuário médio do Twitch gasta cerca de 100 minutos diários assistindo às transmissões da plataforma. Nos EUA, o Twitch responde por 2% de todo o tráfego de internet nos horários de pico, de acordo com um relatório do Wall Street Journal.
“Assistir a pessoas jogando e transmitir jogos é um fenômeno global, e o Twitch é responsável por isso. O mais impressionante é que se trata de uma empresa de apenas três anos”, disse Jeff Bezos, no comunicado à imprensa. “Como o Twitch, somos obcecados por nossos consumidores e por pensar diferente, queremos ajudá-los a fazer serviços melhores para a comunidade de jogadores.”
Para analistas, a compra do Twitch mostra a expansão da Amazon para além de sua área tradicional, o comércio eletrônico. Além disso, simboliza a importância da área de vídeo para a Amazon, que recentemente decidiu investir em produção de séries originais para seu serviço de streaming, o Amazon Instant Vídeo.
Em carta assinada para a comunidade do Twitch, o CEO da empresa, Emmett Shear, ressaltou a importância dos fãs para o serviço e disse acreditar que a parceria com a Amazon deve levar a plataforma além do que já conquistou em seus três anos de existência.
“A Amazon, assim como nós, acredita nos valores de comunidade e na nossa visão de longo prazo, e quer nos levar adiante o mais rápido o possível”, declarou Shear.
No texto, o CEO do Twitch afirma ainda que a empresa se manterá independente, com marcas, funcionários e escritórios próprios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.