A Ambev registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,085 bilhões no segundo trimestre de 2022, o que representa um crescimento de 4,2% ante o apurado no mesmo período do ano passado. Sem o ajuste, o lucro foi de R$ 3,064 bilhões, avanço de 4,6% ante o apurado um ano antes.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e Amortização) ajustado somou R$ 5,538 bilhões, um crescimento de 4,7% (reportado) ante o apurado no mesmo período do ano passado. Na comparação com o Ebitda orgânico, o crescimento foi de 17,6%.
A receita líquida totalizou R$ 17,989 bilhões entre abril e junho, um avanço de 14,5% (reportado) ante o registrado no mesmo período do ano anterior. Na comparação com o orgânico, o avanço foi de 19,6%.
Segundo a companhia, a receita foi impulsionada pelo desempenho do volume e crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 12,7%. A receita líquida cresceu na maioria das unidades de negócios: NAB Brasil aumentou 43,3%), América Latina Sul (LAS2) expandiu 40,4%, Cerveja Brasil cresceu 22,7% e Canadá avançou 3,2%, enquanto na América Central e Caribe (CAC) reduziu em 0,2%.
Em volumes, o crescimento foi liderado por NAB Brasil (+16,2%), Cerveja Brasil (+8,5%) e América Latina Sul (LAS) (+1,5%), e apoiado pelo retorno contínuo de ocasiões fora de casa, aponta a empresa. Os volumes do Canadá e da América Central e Caribe (CAC) reduziram em 2,9% e 10,5%, respectivamente.
"Este trimestre marca a primeira vez que vendemos mais de 40 milhões de hectolitros em um 2º trimestre, liderado pelo desempenho de Cerveja Brasil e NAB Brasil. O momentum da receita continuou, com crescimento de 19,6% no trimestre, enquanto o Ebitda também teve uma melhora, com aumento de 17,6% em comparação ao ano passado", destaca o CEO da Ambev, Jean Jereissati, no release de resultados.
A empresa destaca, no documento, que apesar do aumento da inflação, a estratégia comercial continuou a impulsionar o desempenho de receita, uma vez que a recuperação das ocasiões fora de casa continuou.
"O desempenho na LAS permaneceu alinhado com as tendências anteriores, com volume crescendo 1,5%, auxiliado pela Bolívia, que continua a se recuperar de sequenciais ondas de infecções causadas pela covid-19. Por outro lado, permanecemos atentos aos desdobramentos do macroambiente na região que poderiam prejudicar os nossos negócios, especialmente na Argentina", destaca a companhia.
Outro destaque diz respeito ao aumento de custos, com as commodities continuando a ser um fator determinante, levando a um aumento de 17,8% no CPV/hl excluindo depreciação e amortização no trimestre. O SG&A cresceu 17,7%, principalmente impactado pela pressão inflacionária associada a maiores investimentos em vendas e marketing, mas parcialmente compensado por menor provisão de remuneração variável. Como resultado, o Ebitda ajustado aumentou em 17,6%.