A Ambev apresentou lucro líquido de R$ 2,452 bilhões no segundo trimestre de 2024, o que significa uma queda de 5,6% em relação ao mesmo período de 2023. No indicador ajustado, o resultado da última linha foi de R$ 2,459 bilhões, com recuo de 8,3%.
Segundo a companhia, a queda se deu devido majoritariamente à menor dedutibilidade do imposto de renda no Brasil. Esse efeito mais do que compensou o crescimento do Ebitda ajustado e o melhor resultado financeiro líquido.
O Ebitda ajustado da companhia foi de R$ 5,811 bilhões no trimestre, alta de 10,2% ante o mesmo período de 2023 no conceito "reportado" e de 15,9% no "orgânico". O crescimento foi impulsionado, segundo a Ambev, pelo Brasil, com alta de 23,5% (sendo que na divisão de não alcoólicos a alta foi de 40,1% e de 20,8% na divisão de cerveja); por América Central e Caribe, com alta de 17,9%; e pela "América Latina Sul", com alta de 7,6%. Por outro lado, pesou contra a queda no Canadá, de 2,2%. A margem bruta expandiu 200 pontos base, enquanto a margem Ebitda ajustada expandiu 300 pontos-base.
A receita líquida foi de R$ 20,044 bilhões, com alta de 6,1% no conceito reportado e 4,8% no orgânico sobre o mesmo período de 2023. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento da receita líquida por hectolitro, de 4,5%. "A receita líquida cresceu na maioria das nossas unidades de negócios reportadas: NAB (bebidas não alcoólicas) Brasil +15,0%, CAC (América Central e Caribe) +8,4%, Cerveja Brasil +6,9% e LAS (América Latina Sul) +0,5%, enquanto no Canadá caiu 5,7%, impactada pela queda de volume.
O volume bateu 41.454 hectolitros, com alta de 0,4%. O número foi puxado pelo Brasil, com alta de 4,1% (sendo 7,7% em bebidas não alcoólicas e 2,9% em cerveja) e América Central e Caribe, com alta de 3,4%. O desempenho do volume na América Latina Sul caiu 13,7% e, no Canadá, houve queda de 6,9%.