Havia Caetano Veloso na trilha de Felizes Juntos e Nat King Cole na de Amor à Flor da Pele. Maggie Cheung avançando naquele corredor, uma imagem inesquecível de beleza. Ao jornal O Estado de S. Paulo, em Cannes, Wong Kar-Wai revelou o segredo de seu cinema. É a montagem. Ele filma roteiros detalhados e depois corta. Corta tudo que lhe parece desnecessário. Desconstrói a narrativa tradicional e permanece somente com um arcabouço de filme.
Amor à Flor da Pele passa nesta segunda-feira, 2, no Cineclube Arte 1, às 23h15. Tony Leung Chiu-Wai e Maggie. Ele é casado, ela, também. Descobrem que seus companheiros os traem. Desenvolvem uma das relações mais pudicas do cinema.
O título original, Faa Yeung Nin Wa, quer dizer Anos como Flores.
Para o Festival de Cannes, Kar-Wai propôs o título internacional Secrets, mas aí ouviu a canção de Bryan Ferry e escolheu In the Mood for Love.
Justamente em Cannes o filme venceu o prêmio de melhor ator (Tony) e o Grande Prêmio Técnico e Artístico para sua fotografia e direção de arte. Kar-Wai talvez seja o último romântico.
Amores Expressos, amores heteros (À Flor da Pele), amores gays (Happy Together). Todos os amores.
Ao presidir o júri de Cannes, em 2006, Kar-Wai pautou-se pelo social e outorgou a Palma ao Ken Loach de Ventos da Liberdade. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>