A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros registrou queda de 6,1% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2015, informou nesta sexta-feira, 23, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com o resultado, o setor aéreo brasileiro já registra treze meses consecutivos de retração. No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, a demanda doméstica acumula baixa de 6,57% frente igual etapa de 2015.
A oferta por transporte aéreo doméstico, por sua vez, diminuiu 6,29% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado, na décima segunda baixa sucessiva do indicador. No ano, a oferta acumula redução de 6,21% ante janeiro a agosto de 2015.
Com um recuo da oferta mais acentuado do que o da demanda, a taxa de aproveitamento das aeronaves em voos domésticos operados por empresas brasileiras melhorou e ficou em 78,8% em agosto de 2016, o que representa uma alta de 0,2 ponto porcentual (p.p.) ante o reportado no mesmo mês do ano passado. No período de janeiro a agosto de 2016, o aproveitamento doméstico foi de 79,9%, frente a 80,2% do mesmo período de 2015.
No total, as empresas aéreas nacionais transportaram um total de 7,3 milhões de passageiros pagos no mercado doméstico em agosto, o que corresponde a uma queda de 6,46% em relação ao mesmo mês de 2015. No acumulado dos primeiros oito meses do ano, a quantidade de passageiros transportados soma 59,2 milhões, um recuo de 8,16% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já a carga paga transportada no mercado doméstico foi de 27,5 mil toneladas em agosto de 2016, o que representou redução de 2,26% com relação a agosto de 2015. No ano, a carga paga doméstica transportada acumulou redução de 8,68% em relação ao mesmo período de 2015, tendo atingido 204,6 mil toneladas.
Participação de Mercado
A Gol liderou o mercado doméstico no mês passado, com uma participação, medida pelo indicador de demanda RPK, de 35,6%, acima dos 34,6% de sua principal concorrente, a Latam. A Azul ficou em terceiro lugar em agosto, com 17,2% do market share, enquanto a Avianca Brasil registrou 11,9% de participação.
“Entre as principais empresas aéreas brasileiras, apenas a Avianca apresentou crescimento na demanda doméstica em agosto de 2016, quando comparada com o mesmo mês de 2015, da ordem de 14,7%”, destaca a Anac, em comunicado. “Latam, Azul e Gol registram retração de 14,2%, 4,7% e 2,8%, respectivamente”.
Transporte internacional
As companhias aéreas brasileiras registraram em agosto deste ano um recuo de 6,68% na demanda por transporte internacional de passageiros, em relação ao mesmo mês de 2015, informou a Anac) Com esse resultado, a demanda internacional registrou o sexto mês consecutivo de queda. No acumulado de janeiro a agosto, a demanda internacional caiu 1,83% em relação ao mesmo período de 2015.
Já a oferta internacional de transporte de passageiros diminuiu 8,86% em agosto, na mesma comparação, marcando seis meses seguidos de retração do indicador. No acumulado dos oito primeiros meses de 2016, a oferta internacional sofreu redução de 3,54%.
A taxa de aproveitamento das aeronaves em voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras foi de 85,5% em agosto, o que corresponde a um aumento de 2 pontos porcentuais (p.p.) ante os 83,5% verificados no mesmo mês de 2015. No período de janeiro a agosto deste ano, o aproveitamento internacional chega a 82,7%, ante 81,3% no mesmo intervalo do ano passado.
O número de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras no mercado internacional em agosto de 2016 atingiu 642,4 mil – na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador apresentou queda de 2,33%. No ano, foram transportados 4,9 milhões de passageiros no mercado internacional, um avanço de 1,77% na comparação anual.
O mercado de voos internacionais operado por empresas brasileiras é atendido basicamente por Latam, Gol e Azul, sendo que, em agosto, a Latam respondeu pela maior fatia, de 79,4%. A Gol, por sua vez, ficou com 11,1% do market share de voos internacionais em agosto, enquanto a Azul registrou 9,4% de participação. A Avianca Brasil respondeu por apenas 0,1% do mercado internacional.