Os analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda pioraram a previsão para o déficit primário de 2018. De acordo com o boletim Prisma Fiscal de maio, divulgado nesta quinta-feira, 17, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta, a mediana das previsões para este ano passou de um rombo de R$ 136,103 bilhões, previsto em abril, para um déficit de R$ 138,543 bilhões.
O valor, no entanto, está abaixo da meta de 2018, que permite um déficit de R$ 159 bilhões.
Para 2019, os analistas projetaram um resultado negativo de R$ 105,929 bilhões, menor que a previsão anterior de R$ 107,304 bilhões. A meta de 2019 permite um déficit de R$ 139 bilhões.
O Prisma deste mês revisou para baixo as previsões do mercado para a arrecadação das receitas federais em 2018, com a estimativa retornando de R$ 1,459 trilhão para R$ 1,453 trilhão. Para 2019, a projeção para a arrecadação também caiu de R$ 1,578 trilhão para R$ 1,576 trilhão.
A estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano passou de R$ 1,223 trilhão para R$ 1,219 trilhão, enquanto para o próximo ano foi mantida em R$ 1,317 trilhão.
Já pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central este ano foi mantida em R$ 1,359 trilhão. Para 2019, a estimativa passou de R$ 1,422 trilhão para R$ 1,417 trilhão.
A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2018 passou de 74,90% do PIB para 75% do PIB. Para 2019, a estimativa, que estava em 76,90% do PIB, caiu para 76,80% do PIB no relatório desta quinta.
Curto Prazo.
O Prisma também atualizou as projeções fiscais para este e os próximos dois meses. Para maio, a previsão de superávit passou de R$ 21,841 bilhões para R$ 22,000 bilhões.
Para junho, a estimativa de déficit primário passou de R$ 15,394 bilhões para R$ 14,768 bilhões.
A projeção para o mês de julho é de déficit de R$ 16,845 bilhões ante previsão anterior de R$ 17,170 bilhões.