O técnico Carlo Ancelotti negou mais uma vez que tenha um acordo com a CBF para assumir o comando da seleção brasileira ao fim de seu contrato com o Real Madrid, válido até o meio de 2024. O assunto surgiu durante entrevista do treinador italiano a um programa esportivo da Rai Rádio 1, da Itália, e foi tratado por ele como um boato. "São rumores, especulações. Estou me sentindo muito bem no Real Madrid do jeito que as coisas estão. Começamos a temporada de forma excelente e queremos manter o nível", disse.
Ancelotti já foi questionado em diversas oportunidades sobre o Brasil e nunca confirmou qualquer tipo de contato com a CBF, contradizendo o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, que já disse ter tudo acertado com o técnico. Em julho, após a coletiva de apresentação de Fernando Diniz como interino, Ednaldo foi cercado por jornalistas e, ainda que tenha sido evasivo, disse com todas as letras que "ele (Carlo Ancelotti) vai estar, pode ter certeza". Diniz, que vem comandado a seleção em paralelo ao Fluminense, tem contrato até julho de 2024.
A pauta voltou a esquentar publicamente na quarta-feira, por causa de uma fala curiosa em homenagem feita ao treinador do Real Madrid na Universidade de Parma, onde ele recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Ciências e Técnicas de Atividades Motoras Preventivas e Adaptadas. Na ocasião, o reitor da instituição, Andrei Paolo, discursou e citou a ida de Ancelotti para a seleção brasileira como algo concreto.
"Em 2024, Carlo Ancelotti tem uma aventura extraordinária que seria apenas um sonho para muitos treinadores: treinar o Brasil. É o primeiro estrangeiro dos últimos 60 anos que dirigirá a seleção e o quarto em toda a história. A admiração que sentimos por ele é generalizada e vai além de qualquer lugar ou time. Será o último prêmio que Carlo entregará", disse Paolo.
Além disso, um release distribuído à imprensa pela universidade descrevia o técnico como "atualmente no comando do Real Madrid e em 2024 treinador da seleção brasileira". Ao discursar, Ancelotti não tocou no assunto.
Sob o comando de Diniz, enquanto aguarda o italiano, a seleção empatou por 1 a 1 com a Venezuela, em Cuiabá, quinta-feira, pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. Em segundo lugar da classificação, com sete pontos, o Brasil volta a campo nesta terça-feira para enfrentar o Uruguai, às 21 horas, no Estádio Centenário, em Montevidéu.