Principal alvo dos jogadores e da comissão técnica do Corinthians após a eliminação do time na segunda fase preliminar da Copa Libertadores para o Guaraní, do Paraguai, apesar da vitória por 2 a 1, o árbitro Néstor Pitana teve de ser protegido por policiais militares no túnel de acesso ao gramado da Arena Corinthians após a partida. Dirigentes e seguranças partiram para cima do trio de arbitragem argentino após o apito final. Responsável por comandar a final da Copa do Mundo de 2018, o juiz também estava nas últimas quatro eliminações corintianas da principal competição sul-americana.
As principais reclamações por parte do time alvinegro se deram pela falta de critério em vários lances, com destaque para a infração que originou o gol da equipe paraguaia. "O Pedrinho escorregou e fez a falta, o árbitro entendeu que era amarelo. No segundo lance ele foi dar uma bicicleta, estava de costas, mas o atleta chegou na frente dele. Pelo critério, o juiz deu o cartão", disse o presidente Andrés Sanchez. "Ainda teve a falta do Gil que não foi falta. O argentino, para variar, se confundiu. O Gil nem encostou no cara. Mas faz parte do futebol".
O técnico Tiago Nunes foi irônico ao comentar a atuação da arbitragem. "Quero pedir desculpas para a arbitragem brasileira pela crítica que fazemos, ainda mais enfrentando uma arbitragem terrível como a de hoje (quarta-feira) do Néstor. Um cara experiente no futebol, sabe levar um jogo da maneira que deseja. Foi determinante. Importante lembrar que vencemos, criamos para tal, jogamos com um a menos".
HISTÓRICO DE EXPULSÕES – Néstor Pitana é um personagem recorrente nas últimas eliminações do Corinthians. Em 2015, contra o mesmo Guaraní, Fábio Santos e Jadson foram expulsos no duelo na Arena Corinthians, que terminou 1 a 0 para o time adversário. Os lances não foram questionados na época. Curiosamente, o autor do gol foi o mesmo Fernando Fernández, carrasco nesta quarta-feira ao marcar de falta. Como já havia perdido no Paraguai por 2 a 0, o então time comando por Tite na ocasião acabou se despedindo da competição nas oitavas de final.
No ano seguinte, a vida de Pitana foi movimentada em Corinthians x Nacional-URU. O árbitro distribuiu sete cartões amarelos e um vermelho (para o lateral-direito Fagner) no empate por 2 a 2, em São Paulo. Além disso, ainda marcou duas penalidades para a equipe do Corinthians – uma foi desperdiçada por André e a outra convertida por Marquinhos Gabriel. Como o primeiro jogo, no Uruguai, terminou 0 a 0, os rivais garantiram a classificação para as quartas de final pelo critério de gols fora de casa.
Já em 2018, nova desclassificação na fase de oitavas de final do Corinthians com Pitana em campo. E com nova expulsão. Danilo Avelar levou cartão vermelho direto nos minutos finais da partida contra o Colo-Colo após dividida na área. Assim como em 2020, o time paulista venceu a partida por 2 a 1, mas acabou caindo pelo critério do gol marcado fora de casa. Na ida, os chilenos venceram em casa por 1 a 0. Na primeira etapa, Pitana marcou um pênalti para o Corinthians, convertido por Jadson.