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André e George perdem nas quartas e Brasil dá adeus ao Mundial de Vôlei de Praia

A participação do Brasil no Mundial de Vôlei de Praia se encerrou neste sábado, em Hamburgo, na Alemanha, onde a dupla formada por André e George foi eliminada nas quartas de final e deu adeus à competição. A única parceria do País, entre as disputas dos naipes masculino e feminino, que conseguiu avançar a este estágio do torneio, acabou sendo superada pelos norte-americanos Bourne e Crabb por 2 sets a 1, de virada, com parciais de 16/21, 21/15 e 17/15.

Com a eliminação, o Brasil também amarga o seu pior desempenho na história do Mundial da modalidade. Esta será a primeira vez que nenhum atleta brasileiro subirá ao pódio em uma edição do torneio, do qual os brasileiros são, de maneira disparada, os maiores campeões, com 12 medalhas de ouro, nove de prata e dez de bronze contabilizadas ao total entre homens e mulheres.

Nação que é a segunda maior campeã do Mundial, os Estados Unidos acumulam cinco ouros, seis pratas e quatro bronzes, totalizando 15 pódios, menos da metade dos 31 obtidos pelo Brasil. E vale ressaltar que as duplas brasileiras alcançaram neste Mundial o recorde de vitórias consecutivas, com 19 triunfos seguidos, quebrando a marca de 18 jogos de invencibilidade que o próprio País alcançou em 1997, na primeira edição do evento, realizado de dois em dois anos a partir de então.

Superado ao lado de George neste sábado, André defendia a condição de atual campeão do mundo, depois de ter triunfado ao lado de Evandro em 2017, em Viena, na Áustria. E ele não escondeu a decepção com a derrotada sofrida diante dos norte-americanos nas quartas de final e reconheceu que faltou mais tranquilidade a si próprio neste duelo.

“Acho que faltou um pouco de calma, mais da minha parte principalmente. Mostramos neste campeonato que temos poder de reação, mas os outros times também têm essa força, e hoje nós acabamos cedendo. Estávamos com a bola na mão para a semifinal, mas, independentemente disso, é o nosso primeiro Campeonato Mundial juntos, foi o primeiro do George no adulto, temos só três meses de parceria. Este é um torneio todos querem vencer, mas temos um foco maior, estamos no meio de uma corrida olímpica e o resultado aqui foi importante para a gente”, analisou André, já focando a conquista de uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

George, por sua vez, disse que o jogo deste sábado servirá como lição para ele e seu parceiro visando os próximos desafios. Para a dupla, o revés sofrido diante de Bourne e Crabb foi duro principalmente porque eles chegaram a abrir 14 a 11 no tie-break do terceiro set e tiveram quatro match points para liquidar o duelo, mas não aproveitaram nenhum deles e levam a virada de 17/15 que provocou a eliminação nas quartas de final.

“Tínhamos dois pontos do jogo com nossa virada de bola (quando os norte-americanos sacaram), poderíamos ter fechado (a partida), mas eles fizeram um bom trabalho. Isso faz parte do jogo, eles formam um time de muita qualidade. Vamos continuar crescendo como um time. Cada jogo é um aprendizado para nós, ainda temos muito para nos desenvolver”, ressaltou George.

Depois de encerrar a sua participação na competição em solo alemão, o Brasil agora foca a continuidade da temporada. Na próxima semana será realizada a etapa de Gstaad do Circuito Mundial, que tem status de cinco estrelas entre os eventos do calendário. O País será defendido por dez duplas (cinco em cada naipe) neste torneio na Suíça.

Além de André/George, o Brasil foi representado no Mundial de Hamburgo por outras sete parcerias: Alison/Álvaro Filho, Evandro/Bruno Schmidt, Pedro Solberg/Vitor Felipe, Ágatha/Duda, Ana Patrícia/Rebecca, Carol Solberg/Maria Elisa e Fernanda Berti/Bárbara. Na edição passada da competição, na Áustria, além do ouro de André e Evandro, o País conquistou uma medalha de bronze com Larissa França e Talita Antunes.

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