Economia

Anfavea diz estar otimista quanto à aprovação da MP do Rota 2030 na Câmara

O presidente da Anfavea, entidade que congrega as montadoras de veículos automotores no Brasil, Antônio Megale, disse nesta quarta-feira, 7, estar bastante otimista quanto à aprovação da Medida Provisória (MP) que oficializa o Programa Rota 2030 e que está programada para ser votada ainda nesta data na Câmara Federal dos Deputados. O Rota estava na pauta de votação da Câmara na terça, mas por falta de quórum foi transferida para esta quarta.

Uma das bandeiras levantadas pelo ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, o Rota 2030 – um programa de incentivo à indústria automotiva que substitui o Inovar Auto, que sofreu várias condenações na Organização Mundial de Comércio (OMC) – passou a ter a sua aprovação colocada em dúvida já que o futuro ministro da Fazenda do governo eleito, Paulo Guedes, tem se mostrado contrário às políticas de incentivos, especialmente à indústria.

A MP que regulamenta o programa tem de ser transformada em lei até o dia 14. “Há consenso de que o Rota 2030 é bom para todos. Teve alguns contratempos que demandam discussões no Congresso. Mas nossa expectativa é de que até amanhã, na hora da abertura oficial do Salão do Automóvel, o Rota 2030 esteja aprovado”, afirmou Megale.

A avaliação do presidente da Anfavea é a de que quem critica o Rota 2030 o faz por desconhecer o conteúdo do programa. “Não se trata de um programa que só incentiva a produção e as vendas. É um programa que organiza o setor e trará segurança aos veículos. Quem está falando mal do Rota 2030 precisa entender melhor o Programa”, disse Megale durante coletiva de imprensa em que a Anfavea divulgou, nesta quarta-feira, os resultados do setor em outubro.

O Rota 2030, enfatizou Megale, oferece 12% de incentivos às empresas que investirem em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). “A indústria automotiva brasileira já tem uma planta de Pesquisa & Desenvolvimento e queremos que isso continue. Todas as economias desenvolvidas do mundo dão incentivos para empresas que investem em Pesquisa e Desenvolvimento”, disse Megale.

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