Economia

Anfavea pede que BNDES mantenha regras do PSI no longo prazo

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou nesta quinta-feira, 26, que pediu ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mantenha as regras e condições do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) no longo prazo. Segundo ele, essa previsibilidade é muito importante para o planejamento do setor automotivo.

“Mais importante do que aumentar a participação, é que as regras e condições divulgadas sejam mantidas no longo prazo”, afirmou em entrevista à imprensa após reunião de dirigentes de montadoras com o ministro. Ele se referia à fala de Monteiro, que disse que o governo está avaliando aumentar o limite de financiamento do PSI, atualmente em 50%, para grandes empresas, e de 70% do valor do bem, para empresas de menor porte.

O presidente da Anfavea também avaliou que o programa de renovação da frota de caminhões é muito importante não só para incrementar as vendas, mas para diminuição do número de acidentes nas estradas. O executivo afirmou que, durante o encontro com o ministro, também foram discutidos alguns pontos do Plano Nacional de Exportações e algumas regulamentações que ainda faltam do programa Inovar Auto.

O Inovar Auto foi criado em 2012, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento tecnológico, inovação, segurança, proteção ao meio ambiente, eficiência energética equalidade dos veículos e das autopeças. Por meio deles, montadoras e fabricantes de peças podem se beneficiar com regime diferenciado de tributação, com a contrapartida de investimentos em inovação tecnológica. Os incentivos fiscais serão aplicados até 31 de dezembro de 2017.

Acordos

Moan afirmou ainda que os representantes do setor automotivo defenderam a necessidade de fortalecer acordos comerciais automotivos já existentes e de firmar novos acordos. De acordo com ele, o acordo com a Argentina foi o mais discutido. O executivo declarou que as montadoras estão se posicionando a favor da renovação do acordo, assim como o governo. “Queremos manter o fluxo de comércio e aprofundar a troca produtiva”, afirmou. O acordo com o país vizinho começou a valer em 1º de junho do ano passado e estabelece o sistema flex de comércio.

Por meio dele, as montadoras brasileiras poderão vender, com isenção de impostos, no máximo US$ 1,5 para cada US$ 1 importado de montadoras do país vizinho. Segundo Armando Monteiro, as negociações com a Argentina estão “caminhando bem”. O ministro afirmou que “naturalmente” alguns ajustes necessários terão de ser feitos, mas o governo não vislumbra dificuldades maiores para a renovação.

Moan destacou também que o setor automotivo brasileiro quer aprofundar o acordo com a Colômbia. Segundo ele, a Anfavea se comprometeu a marcar para breve uma reunião entre os setores privados brasileiro e colombiano, para elaborar uma proposta que será entregue aos governos dos dois países. O executivo ressaltou ainda que o setor quer firmar acordos com Peru e Equador.

Posso ajudar?