As forças governamentais da Rússia e da Síria tiveram como estratégia de guerra no conflito sírio atacar hospitais, de acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira pela Anistia Internacional, um grupo de direitos humanos.
A Anistia Internacional disse que tem “evidências convincentes” de que pelo menos seis ataques foram realizados deliberadamente contra centros médicos na província de Aleppo nos últimos três meses, que mataram pelo menos três civis, incluindo um médico, e feriu mais de 44 pessoas. O órgão afirmou que os ataques correspondem a crimes de guerra.
Aleppo testemunhou alguns dos combates mais ferozes do país antes do início do cessar-fogo no último sábado, com o intuito de cortar uma rota de abastecimento rebelde da Turquia.
A Anistia disse que os ataques a instalações médicas foram destinados a preparar o caminho para
forças terrestres pró-governo para avançar para o norte de Aleppo.
A Rússia negou ter civis como alvo em sua campanha Síria. O presidente sírio, Bashar Assad, também negou alvejar civis, dizendo que ele tem travado uma guerra contra o terrorismo, mas que faz parte da “regra de ouro” na guerra que os civis inocentes morram.
O grupo de monitoramento documentou 346 ataques contra as instalações médicas nos cinco anos de conflito, matando 705 pessoas da equipe médica. Destes, 315 foram realizados por forças sírias ou russas, segundo o órgão. Fonte: Associated Press.