A chanceler alemã, Angela Merkel, está convocando o grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G-7) a mostrar seu peso em apoio ao compromisso de longo prazo de criação de um fundo de US$ 100 bilhões para ajudar os países pobres a enfrentarem as mudanças climáticas.
Merkel, que hospeda o encontro de dois dias do G-7 a partir deste domingo, advertiu contra a comparação da reunião com as negociações sobre o clima, mas disse que as potências industriais líderes mundiais devem enviar um sinal antes da conferência do Clima de Paris, que será realizada em dezembro.
Em 2009, os governos concordaram em buscar um total de US$ 100 bilhões junto a investidores públicos e privados ao longo de vários anos para apoiar medidas que ajudem a frear as mudanças climáticas e diminuir seu impacto. Merkel disse, em uma mensagem de vídeo divulgada neste sábado, que é importante ter uma “confirmação deste fundo de US$ 100 bilhões” por parte do G-7, embora as promessas de financiamento mais detalhadas devam ser feitas posteriormente.
Na França, o ministro de Relações Exteriores Laurent Fabius defendeu que o G-7 deveria impulsionar investimentos em projetos de energia renovável na África para compensar o impacto que o crescimento econômico do continente deve gerar nas emissões de carbono globais. Para ele, sem um grande plano de investimentos em energia renovável na região, os países desenvolvidos serão pressionados a convencer os países africanos a evitar os combustíveis fósseis mais baratos. “A questão do financiamento será decisiva”, disse.
Manifestações
Enquanto representantes dos países antecipam suas mensagens para o G-7, milhares de pessoas protestaram na cidade estância alpina alemã de Garmisch-Partenkirchen. Os manifestantes exigiam ações sobre as mudanças climáticas, a pobreza e a globalização. O porta-voz do grupo, Simon Ernst, disse que eles queriam mostrar sua indignação perante os líderes da Alemanha, França, EUA, Itália, Grã-Bretanha, Canadá e Japão, chamando-os de “capangas de banqueiros e corporações”.
O porta-voz da polícia Hans-Peter Kammerer afirmou que até agora os protestos eram pacíficos, mas havia a expectativa de que um número significativo de extremistas da Alemanha, Áustria, Itália e Grã-Bretanha se juntasse aos manifestantes.
Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires