A suspensão do clássico entre Brasil e Argentina, válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, segue ganhando novos capítulos. Poucas horas após a suspensão da partida, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota oficial esclarecendo que se reuniu com representantes da CBF, da Conmebol e da delegação argentina no sábado, e recomendou a quarentena dos quatro jogadores argentinos que não haviam cumprido os protocolos sanitários. Entretanto, os atletas seguiram para a partida.
“Por força dessa comunicação, ainda na tarde do sábado, ocorreu a reunião já referida envolvendo o Ministério da Saúde, secretaria estadual de saúde de São Paulo, representantes da Conmebol, CBF e da delegação argentina. Nessa reunião, a Anvisa, em conjunto com a autoridade de saúde local, determinou, no curso da reunião, a quarentena dos jogadores”, escreveu a agência.
Na nota, a Anvisa ressalta os seguidos esforços para cumprir a legislação e ordenar o isolamento de Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero, jogadores que atuam na Inglaterra. Desde junho, passageiros que visitaram esses países no período de duas semanas são impedidos de entrar no Brasil, como precaução contra a disseminação da variante delta do coronavírus. Os atletas deram informações falsas no aeroporto.
Neste domingo, a Anvisa acionou a Polícia Federal horas antes do início da partida para cumprir a medida de quarentena. De acordo com a agência, as tentativas foram frustradas desde a saída da delegação argentina do hotel à Neo Química Arena, onde a partida seria disputada, em São Paulo. Uma intervenção no vestiário também foi tentada, mas sem sucesso.
Aos cinco minutos de jogo, agentes da PF e da Anvisa entraram em campo para cumprir as ordens de quarentena. Os jogadores da Argentina se dirigiram ao vestiário e a partida foi suspensa. Cabe a Fifa decidir o futuro do confronto.