O protesto teve início depois que os moradores souberam que não teriam atendidas algumas reivindicações junto à Prefeitura, como a pavimentação de oito ruas do bairro. Uma moradora disse ao GuarulhosWeb, por telefone, durante os protestos, que a população estava cansada de ser deixada de lado enquanto “veem o governo federal gastando muito dinheiro em obras para a Copa do Mundo”.
No entanto, diferente do que disseram os moradores, Almeida se disse surpreso com o protesto já que a Prefeitura, segundo ele, já teria fechado acordo na manhã de sexta-feira para asfaltar ruas do bairro. Porém, moradores contra-atacam e alegam que a proposta da Prefeitura de asfaltar apenas uma rua não atendia as necessidades do bairro, que precisa de pavimentação de oito vias, conforme teria sido prometido anteriormente durante a campanha eleitoral pelo próprio prefeito e por vereadores da região.
Tentando fugir das responsabilidades da Prefeitura, Almeida acusou dois vereadores que – segundo ele – teriam participado direta ou indiretamente com os protestos. “Tem dois vereadores envolvidos nesta questão. Nós estamos apurando e vamos ver o desfecho final. Parlamentar usar seu mandato para esse tipo de coisa é crime, nós não podemos permitir”.
Ao não nominar quem seriam esses dois vereadores, Almeida coloca sob suspeita todos os parlamentares que compõem a Câmara Municipal abrindo um precedente perigoso.
O GuarulhosWeb apurou que os vereadores que têm ligação com aquele bairro seriam da própria base do prefeito na Câmara Municipal. Elmer Japonês (PSC) e Eduardo Barreto (PCdoB) tiveram participação nas negociações entre os moradores e a Prefeitura, no entanto, negam qualquer ligação com o movimento que terminou em violência na noite de sexta-feira.