Segundo aeroporto mais movimentado do País e um dos mais rentáveis, Congonhas afugentou parte dos interessados ao "herdar" terminais menos atrativos em seu bloco, após a retirada do Santos Dumont do leilão.
Além de a CCR confirmar a desistência de participar do leilão, um grande grupo de transportes da Europa e uma empresa brasileira de construção com forte atuação em obras aeroportuárias desistiram de participar da sétima rodada.
Na avaliação de Maurício Endo, sócio da KPMG, a questão dos custos também se tornou crítica. "Para a sexta rodada, promovida no ano passado, o governo refez parte da modelagem para acomodar o aumento de custos e obteve êxito, atraindo muitos interessados. De lá para cá, ajustes foram feitos para a sétima rodada, mas os preços dos insumos continuam subindo, e há riscos de subirem mais ainda."
Para ele, o plano do governo era ter lançado a sétima rodada no primeiro semestre, mas a retirada do Santos Dumont em fevereiro atrasou o leilão. "Se o certame tivesse sido feito no primeiro semestre, o apetite seria maior", diz. "O período eleitoral tem grande peso na decisão." Ele ressalva que não vê riscos à frente para o modelo de concessão.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>