Demitido após semanas de desgaste com o presidente Jair Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (DEM) participou nesta sexta-feira, 17, de cerimônia de troca de ministro da Saúde, cargo desde ontem ocupado pelo oncologista Nelson Teich.
Mandetta desejou "toda a sabedoria para conduzir nesse nosso País" e fez agradecimentos a Bolsonaro pelo convite em 2018 para integrar o governo.
Mandetta e Bolsonaro divergiram sobre a estratégia para combate à covid-19. O presidente pede isolamento apenas para idosos e doentes crônicos, além de reabertura de serviços. Já Mandetta sugere postura mais cautelosa e afirma que ainda é necessária quarentena mais ampla.
No discurso, Mandetta citou que o Brasil precisa de autonomia científica, para não ser mais dependente de produtos comprados no exterior, especialmente da China. Ele afirmou que a Fiocruz se revela "necessária à soberania do País".
Mandetta disse ainda que o ministério repassou em 40 dias mais de R$ 6 bilhões para Estados e municípios contra o novo coronavírus. O ex-ministro afirmou também que o os primeiros 180 respiradores feitos pela indústria nacional estão sendo entregues para tratamento da covid-19. "No mês de maio teremos sistema mais eficaz", disse, ressaltando ainda que o governo fechou parceria com a Opas/OMS para compra de 10 milhões de testes RT-PCR.