O elenco do Cruzeiro vai "abandonar" a Toca da Raposa II e buscará paz a 500 quilômetros de Belo Horizonte. Depois da invasão da torcida ao CT, o clube resolveu fazer um mini intertemporada de sete dias em Atibaia, interior de São Paulo. A justificativa do presidente reeleito, Sérgio Santos Rodrigues, é que os campos da Toca estão "deploráveis".
Atibaia virou um refúgio para os times se prepararem para grandes decisões. Por causa de sua calmaria e a tranquilidade para trabalhar, muitas equipes usaram o local. Mas para treinos comuns, ainda mais de uma agremiação não paulista, é fato raro.
Com dívidas na casa de R$ 1 bilhão, o Cruzeiro "foge" das cobranças dos torcedores aumentando sua dívida. Sem dinheiro, negociou para pagar a estadia em Atibaia em parcelas e só a partir de julho de 2021.
"Somos criticados porque vamos para Atibaia, mas já deram uma olhada no gramado da Toca (da Raposa), para ver como está?", questionou o dirigente. "Os jogadores estão reclamando de dores de joelho, porque o gramado está deplorável. É muito fácil criticar o motivo de o time ir para Atibaia, mas pergunte antes de fazer a crítica."
O dirigente se revoltou pelas cobranças da viagem com o clube endividado e sem dinheiro. Então, ele revelou que está recebendo uma "ajuda" do dono do hotel Bourbon, em Atibaia.
"Não temos (dinheiro) mesmo. Iremos pagar a nossa estadia ao dono, de forma parcelada, a partir do meio do ano que vem. O senhor Alceu, para quem vai meus agradecimentos, nos falou: O Cruzeiro é um dos melhores clientes que eu tive, com toda tranquilidade eu quero ajudá-los."
O clube mineiro informou a programação inicial em Atibaia. A viagem acontece nesta sexta-feira pela manhã no dia seguinte ao duelo com o Sampaio Corrêa, pela Série B. Sábado o time treina no local. Domingo enfrenta o Oeste em Barueri e retorna à nova concentração na qual ficará por pelo menos sete dias.