Após praias cheias, Crivella pedirá ajuda ao Estado contra aglomerações

Depois de um fim de semana de praias cheias, a prefeitura do Rio fez nesta segunda-feira, 31, um apelo para que os cariocas não se aglomerem nas areias em plena pandemia de covid-19. Embora o banho de mar esteja liberado, ocupar a faixa de areia continua proibido. O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) afirmou que pedirá ajuda ao governo fluminense para intensificar a fiscalização da orla.

"Nós nos afastamos da fase epidêmica, que foi em maio, mas o momento ainda precisa de atenção por parte da população", afirmou a secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch. "O perfil dos pacientes nos hospitais mudou, hoje é de menor gravidade, mas não dá para considerar a doença curada. Não há cura e não há vacina, por enquanto. Na praia, só o banho está permitido. A prática de ficar na areia, com ou sem barraca, é perigosa, porque as pessoas ficam aglomeradas e sem máscara. Não é momento para aglomeração em praias ou bares."

O apelo foi feito durante o anúncio da entrada da fase 6A de retorno das atividades da cidade. A partir desta terça-feira,1, está autorizada a reabertura de museus, galerias de arte, parques de diversão, bibliotecas e centros culturais. Para frequentá-los, será preciso seguir os protocolos sanitários e às regras de afastamento social.

Também estão autorizados a voltar a funcionar casas de festas infantis e espaços de recreação para crianças em shoppings. A ocupação terá que se limitar a um terço da capacidade, e os estabelecimentos deverão informar com clareza, na entrada, o limite máximo e a quantidade de pessoas permitida pela lei.

Na área da educação, os cursos profissionalizantes e de capacitação podem reabrir com aulas presenciais, desde que seja respeitado o protocolo de afastamento elaborado pela Vigilância Sanitária municipal.

A nova fase não muda nada em relação às praias. Continuam permitidos apenas o banho de mar e os esportes aquáticos, assim como, durante a semana, os esportes de quadra. Ocupar a faixa de areia segue proibido.

A fase 6 foi dividida em duas, A e B. A duração da fase 6A será de pelo menos 30 dias, com início nesta terça-feira, 1° de setembro. No fim desse período, será feita nova avaliação pelo comitê científico, com base nos números de contágio, de ocupação de leitos nos hospitais e de óbitos.

"Após o entendimento de todos os parâmetros e critérios, verificamos que é possível dar continuidade à passagem para a fase 6A, com liberação de algumas atividades. É uma subdivisão, como fizemos na fase 3. Pelo mesmo motivo: como há um número maior de atividades, que poderia provocar impacto nas curvas de contaminação, dividimos a fase, de forma criteriosa e cautelosa", explicou o superintendente de educação da subsecretaria municipal de Vigilância Sanitária, Flávio Graça. "Logo após a fase 6B, sairemos das fases previstas para a flexibilização e entraremos no chamado período conservador, que vai se estender até provavelmente o ano que vem, quando tivermos a vacina ou uma situação de maior equilíbrio."

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