Apenas metade das crianças em São Paulo foi vacinada contra poliomelite neste ano

Às vésperas do encerramento de campanhas de vacinação, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, informou na quinta-feira, 12, que a taxa de cobertura vacinal tem o pior resultado dos últimos anos no Estado de São Paulo. Para poliomielite, a adesão de crianças de 1 a 5 anos está em apenas 52,4%. A meta era proteger pouco mais de 2 milhões de crianças, que representam 95% do público-alvo.

"Uma taxa de 48% para pólio é uma ameaça de morte e de paralisia infantil para as nossas crianças", disse Gorinchteyn em coletiva realizada ao meio-dia.

No fim da tarde, a secretaria atualizou o número para 52,4%. "Temos de vacinar. Um país que vacina é um país desenvolvido. E ela, sim, que vai garantir que crianças, adultos e idosos deixem de morrer."

Segundo o secretário, o Estado já havia constatado queda de adesão nos últimos "dois ou três anos", mas "este ano as taxas se mostraram ainda piores".

<b>Multivacinação</b>

Já a campanha de multivacinação, que teve início no dia 5 de outubro, atingiu 70,3% das crianças com menos de um ano. Este número sofre redução significativa entre crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, com apenas 47,6% de cobertura.

A iniciativa tem como objetivo atualizar as cadernetas vacinais, aplicando doses em eventuais situações de atraso ou necessidade de reforço. Entre as vacinas ofertadas estão a BCG e a pentavalente, que previnem doenças como tuberculose, hepatite B e coqueluche.

<b>Prorrogação</b>

As campanhas estavam previstas para acabar nesta sexta, 13, mas o governo do Estado estuda a prorrogação por causa do baixo resultado até o momento.

"Nossa meta é atingirmos 95% das crianças. Não podemos conceber que isso seja menor", afirmou Gorinchteyn.

As campanhas já haviam sido prorrogadas no fim de outubro, quando só 39,6% do público-alvo havia comparecido aos postos de saúde.

A meta do governo de São Paulo é imunizar 2,2 milhões de crianças contra a doença. Já a de multivacinação engloba 14 tipos de imunizantes que protegem contra 20 enfermidades, entre elas tuberculose, tétano e hepatite B.

Pais ou responsáveis devem levar as crianças a um dos 5 mil postos de saúde localizados na cidades do Estado com a carteira de vacinação em mãos. Lá, um profissional avalia quais doses precisam ser aplicadas.

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