A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e seus bancos associados vêm acompanhando com extrema preocupação os ataques a caixas eletrônicos em todo o País. Os prejuízos decorrentes das explosões afetam a todos igualmente. A população que recorre aos 166 mil equipamentos para acessar os serviços financeiros, realizar pagamentos e ainda efetuar saques, tanto no horário do expediente bancário como além desse período até às 22h dentro das agências e 24h para os caixas instalados em locais de grande circulação.
Afetam também as instituições financeiras que precisam reformar o local onde ocorreu a explosão, e repor os equipamentos danificados, sem reaproveitamento de peças ou maquinário. No entanto, a respectiva Federação não informou a quantidade de equipamentos existentes na cidade, e tampouco quantos foram danificados desde o inicio do último ano no município.
Vale ressaltar que houve uma expressiva queda no número de assaltos às agências bancárias no período 2000 a 2013, resultado dos investimentos em segurança física, que passaram dos R$ 3 bilhões em 2002 para cerca de R$ 9 bilhões em 2013, um aumento de 200% no período. Segundo dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o valor gasto em 2012 pela União e pelos Estados em segurança pública foi de R$ 17,5 bilhões.
Em 2013, ocorreram 449 assaltos, o que corresponde a uma queda de 76,4% em relação ao total de 1.903 assaltos e tentativas de assaltos verificados em 2000. Levantamento com 17 instituições financeiras, que incluem os principais bancos de varejo do País, indica que até julho de 2014 foram registrados 209 assaltos e tentativas de assaltos no País.
Com agências bancárias mais protegidas, ATMs mais robustos e procedimentos mais rigorosos, a criminalidade migrou para meios mais violentos como explosões de caixas eletrônicos. Nesses assaltos e arrombamentos, as ações são muito rápidas e usam força desproporcional, com armamentos pesados, de elevado poder de destruição.
Para os bancos, a ação de segurança permitida pela legislação aos estabelecimentos comerciais e bancos é insuficiente frente à violência empregada. O combate desse tipo de crime exige um conjunto de ações no âmbito da segurança pública, com as quais a Febraban e os bancos associados estão comprometidos em dar sua contribuição.
Os dispositivos de segurança instalados nos terminais de autoatendimento como aqueles que danificam as cédulas, se constituem em uma das frentes de combate aos ataques a caixas eletrônicos, mas são insuficientes para desestimular os ataques criminosos a caixas automáticos. Os bancos investem constantemente em tecnologia e outras formas para aperfeiçoar seus mecanismos de segurança.
A Febraban também mantêm reuniões com órgãos das Polícias Civil, Militar e Federal e do Exército para a identificação e prisão dos arrombadores. Somente com ações policiais coordenadas, esse tipo de crise poderá ser combatido. Os bancos contribuem com propostas de novos padrões de proteção, muitos deles resultantes dos trabalhos desenvolvidos na Comissão de Segurança Bancária da FEBRABAN, da qual participam representantes das principais instituições financeiras do País. Por meio dessa comissão, que realiza intensos estudos e debates, várias iniciativas de caráter preventivo são e foram adotadas.
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