Economia

Apesar de cortes, Walmart diz que vai investir R$ 1 bi no Brasil

Embora tenha feito cortes e promovido fechamento de lojas no País, o Walmart Brasil calcula ter investido mais de R$ 1 bilhão na operação local ao longo do último ano e acredita em um patamar semelhante para 2016. A informação foi dada pelo presidente da rede no Brasil, Flavio Cotini, que participou de evento da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em São Paulo.

O executivo da varejista americana afirmou que a rede teve de fechar lojas com baixo desempenho, as quais representavam cerca de 5% das vendas totais. “Não é fácil tomar uma decisão dessa, mas no varejo nós temos que rever a eficiência das lojas”, declarou o executivo.

Foram 60 lojas encerradas no País, segundo anunciou o grupo em janeiro, incluindo vários atacarejos, justamente o segmento que tem alavancado resultados de concorrentes como Pão de Açúcar e Carrefour no País neste momento de crise. A empresa concentrou boa parte dos fechamentos em redes de supermercados que havia herdado de aquisições antigas, caso de Mercadorama (Paraná) e Nacional (Rio Grande do Sul).

Segundo ele, neste momento a companhia tem investido em melhorias nas lojas e integração dos sistemas das diferentes bandeiras do grupo no País. “Investimos em reforma de lojas, equipamentos mais eficientes em termos de consumo de energia e melhor exposição dos produtos pra tornar a experiência de compra mais conveniente”, afirmou Cotini.

Vendas em baixa

O Walmart tem atualmente 485 lojas no País. No Brasil, é o terceiro maior grupo de supermercados, segundo o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), atrás de Carrefour e Pão de Açúcar.

O grupo fechou 2015 com uma receita bruta de R$ 29,3 bilhões, recuo de 1,1% ante 2014 e uma queda de 0,76 ponto em participação de mercado. O fechamento das 60 lojas no País representaram 22% do total de unidades encerradas pelo Walmart no mundo.

No fim de janeiro, a varejista americana anunciou o encerramento de 269 pontos de venda em todo o mundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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