Ao contrário do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), os ônibus da São Paulo Transporte (SPTrans) tiveram estabilidade no número de passageiros transportados nos últimos anos – o patamar oscilou em torno dos 2,9 bilhões de viagens por ano. Não foi diferente no ano passado, apesar de a quantidade total ter caído 0,3% na comparação com o ano anterior. Foi o índice mais baixo dos últimos cinco anos, mesmo com as políticas de estímulo ao uso dos coletivos.
Ao todo, segundo balanço da SPTrans, 2,915 bilhões de viagens foram feitas por passageiros nos quase 15 mil ônibus. Em 2013, foram 2,924 bilhões. O total do ano passado ficou abaixo da expectativa da SPTrans.
A queda surpreendeu a gestão Fernando Haddad (PT) justamente por causa das medidas lançadas pela Prefeitura para tornar mais atraente o uso dos coletivos, como as faixas exclusivas – a maior parte dos atuais 462,3 quilômetros de vias foi criada a partir – e a adoção da série temporal do Bilhete Único, como o mensal.
“As faixas deram uma melhorada em alguns horários e vias, não na cidade inteira. A cidade tem milhares de quilômetros onde circulam ônibus e só algumas centenas têm faixas. O resto dos ônibus está preso no congestionamento”, diz Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP).
A SPTrans informou, por meio de nota, que a variação de passageiros no ano passado deve-se, “principalmente, à realização da Copa do Mundo, no mês de junho”. Segundo a empresa, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foram feitas em junho 18 milhões de viagens menos. “Enquanto isso, no total do ano, foram transportados nove milhões menos em 2014.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.