Estadão

Apesar de melhora, mercado latino-americano de aviação seguirá no vermelho em 2024, diz Iata

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) projeta um cenário ainda desafiador para o setor de aviação na América Latina ao longo dos próximos anos. Os estudos da entidade apontam que, apesar de reduzir perdas, os números da região tendem a seguir no vermelho em 2023 e 2024.

Para este ano, a Iata calcula um prejuízo líquido de US$ 600 milhões para o mercado latino-americano, com uma margem negativa de 1,5%. Em 2024, a projeção é de uma melhora, ao reduzir o prejuízo para US$ 400 milhões e a margem líquida negativa para 0,8%.

A entidade avalia que se por um lado alguns mercados têm se mostrado fortes, como o mexicano, outros têm enfrentado desafios econômicos e sociais, que impactam negativamente a performance das companhias aéreas na região. Entre os exemplos negativos, está a Argentina em meio à crise política e econômica vivenciada pelo país.

<b>Oferta e demanda</b>

A expectativa é que a demanda, medida por passageiros-quilômetro transportados pagos (RPK), cresça 7,4% na América Latina em 2024 tanto na comparação com 2023 quanto com 2019.

Já a oferta, medida por assentos-quilômetro oferecidos (ASK), deve subir 7,8% no ano que vem em relação a 2023 e 7,4% ante 2019, último ano pré-pandemia.

Com isso, o ritmo de crescimento da oferta deve superar a demanda, o que leva a Iata a esperar um cenário ainda difícil para a aviação latino-americana no futuro próximo.

<i>*A repórter viajou a convite da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata)</i>

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