A Santo Antônio Energia informou que o processo de chamada de capital da concessionária está em tramitação. Segundo a empresa, a decisão a respeito de um novo aporte precisa ser aprovada por todos os acionistas e passar por uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
Na quarta-feira, 27, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, publicou que a empresa precisa de um aporte de R$ 860 milhões para quitar as dívidas da empresa na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Os sócios da empresa são Furnas, com 39%, o fundo Caixa FIP Amazônia Energia (20%), a Odebrecht Energia (18,6%), SAAG Investimentos, cujo principal acionista é a Andrade Gutierrez (12,4%), e Cemig (10%). O aporte seria proporcional à participação de cada empresa na sociedade.
A empresa reiterou que esse aporte não resolveria o problema da usina de forma definitiva. A concessionária espera obter uma decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação às suas demandas. Do contrário, segundo a Santo Antônio Energia, a usina se torna economicamente inviável.
A concessionária pede o adiamento, por 63 dias, dos contratos que firmou com distribuidoras em razão de greves que atrapalharam o andamento das obras. A empresa também quer que o índice de disponibilidade das turbinas da usina, de 99,5%, somente seja cobrado depois que todas as suas máquinas tenham entrado em operação comercial.
A empresa obteve decisões favoráveis em primeira instância, mas o presidente do STJ, Felix Fischer, derrubou ambas. Os dois casos ainda têm de passar pelo plenário do tribunal.