Depois de dez anos de ausência, o GP da França voltará ao calendário da Fórmula 1 na temporada de 2018. O anúncio do retorno da prova à maior categoria do automobilismo mundial foi feito nesta segunda-feira durante uma entrevista coletiva no Automóvel Clube da França, em Paris.
No mesmo evento foi confirmado também que a corrida será disputada no circuito de Paul Ricard, que abrigou pela última vez um Grande Prêmio da F-1 em 1990. Depois disso, a etapa do país no calendário ocorreu em Magny-Cours entre 1991 e 2008, ano em que os franceses receberam pela última vez um GP da elite máxima do automobilismo.
Christian Estrosi, chefe da região onde será realizada a corrida, afirmou nesta segunda-feira, no evento do Automóvel Clube da França, que perder a etapa da Fórmula 1 por tanto tempo foi “uma verdadeira cicatriz” para a nação. Para completar, ele anunciou que foi selado um acordo para Paul Ricard abrigar a prova por cinco anos a partir de 2018. Detalhes financeiros do compromisso firmado não foram revelados.
“Eu posso hoje fazer o firme e definitivo anúncio de que o GP da França irá retornar ao circuito de Paul Ricard no verão de 2018”, avisou o dirigente, que também fez uma homenagem ao piloto francês Jules Bianchi, que morreu no ano passado após longo tempo internado por causa de sérias lesões na cabeça sofridas no GP do Japão de 2014, disputado em outubro daquele ano. “Estou dedicando este grande retorno ao meu amigo Jules. Meus pensamentos estão com a sua família”, completou.
Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), disse que a volta do GP da França ao calendário da F1 é uma “enorme satisfação” para a entidade. “Essa é uma grande notícia para a França e sua capacidade de receber os maiores eventos internacionais”, afirmou, por meio de uma mensagem gravada exibida durante o evento desta segunda-feira em Paris. O dirigente lembrou que o circuito francês foi modernizado e agora tem “todas as qualidades necessárias para organizar este evento”.
De acordo com Ertrosi, foram investidos 80 milhões de euros desde 2002 para a renovação do circuito de Paul Ricard, que é usado regularmente pelas equipes da F1 para testes. “Esse é o circuito que mais investiu na Europa ao longo dos últimos anos para se adaptar às normais internacionais”, disse, para em seguida acrescentar que existe a expectativa de que a corrida na França gere cerca de 65 milhões de euros de receitas indiretas para a região da prova, assim como para ajudar a criar aproximadamente 500 novos empregos temporários.
A volta do GP da França foi oficialmente anunciada depois de a FIA ter divulgado, na última quinta-feira, o calendário definitivo da temporada de 2017 da F-1. O GP do Brasil, que na publicação do calendário provisório havia sido listado como uma prova sujeita a confirmação, garantiu a sua permanência para mais uma temporada. O mesmo ocorreu com o GP do Canadá, outra prova que em setembro passado foi incluída no calendário provisório como sujeita a ratificação.
Já o GP da Alemanha, que foi a outra corrida a figurar na programação com a mesma ressalva, acabou ficando fora do Mundial do próximo ano nesta nova listagem da FIA. O campeonato de 2017 será iniciado em 26 de março, com a disputa do GP da Austrália, e fechado no dia 26 de novembro, em Abu Dabi. Duas semanas antes da prova nos Emirados Árabes Unidos, o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, abrigará a penúltima etapa da temporada, que contará com um total de 20 corridas.