A Bovespa abriu em queda nesta terça-feira, 23, sob a influência negativa do exterior, mas já inverteu o sinal, alavancada pelos papéis da Petrobras e parte do setor financeiro. A alta deve-se, na opinião de um operador de renda variável, ao desdobramento da Operação Acarajé, que prendeu no período da manhã o marqueteiro João Santana.
Ele e a mulher Mônica Moura chegaram de Punta Cana, na República Dominicana, e foram direto para Curitiba. A prisão do marqueteiro aumenta o risco de afastamento de Dilma Rousseff.
Na Europa e nos futuros de Nova York, os principais índices caem, por conta da oportunidade que investidores encontraram para realizar lucros com o rali de segunda-feira. Na própria Bovespa, há esse potencial, visto que o índice à vista fechou em alta de 4,07%, aos 43.234,85 pontos na segunda-feira.
Às 10h40, o Ibovespa subia 0,61%, na máxima, aos 43.498,60 pontos. A PN da Petrobras avançava 2,78%. A PN do Bradesco, 0,62%. E a PNA da Vale, 0,74%. Logo na abertura, todas essas ações caíam.
Em tempo: Como informou o Banco Central na manhã desta terça, o primeiro déficit das transações correntes do Brasil em 2016 somou US$ 4,817 bilhões.
O resultado foi menos intenso que a mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções para o resultado, negativa em US$ 5,950 bilhões. O intervalo da amostragem ia de déficit de US$ 3,3 bilhões a US$ 7,7 bilhões. O resultado deficitário é o menor para o mês desde 2010, tornando-se, portanto, o menor da atual série histórica.