Esportes

Após afastamento da diretoria, CBDA suspende salários e campeonatos

Após afastamento de parte da diretoria, em decisão da Justiça Federal, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) anunciou nesta quinta-feira que estão suspensos os salários dos funcionários das entidades e os campeonatos que organiza nas cinco modalidades olímpicas que reúne – natação, polo aquático, maratonas aquáticas, saltos ornamentais e nado sincronizado.

A CBDA atribuiu a suspensão à decisão da Justiça Federal de São Paulo, que no dia 24 de outubro pediu o afastamento do presidente da entidade, Coaracy Nunes, e de outros três dirigentes da confederação. “Com esta medida os cincos esportes aquáticos envolvidos pararam. E tudo isso justo no momento em que eram estudadas as possíveis renovações de contratos de patrocínio”, afirmou a CBDA, em nota.

Segundo a entidade, a decisão dificultou a movimentação das contas bancárias da entidade, o que gerou a suspensão do pagamento dos salários. “Sob ordem judicial, estão com dificuldades de movimentação as contas bancárias, cessados os pagamentos, suspensos os eventos. Até segunda ordem, por questões financeiras, não irão acontecer os Campeonatos Nacionais dirigidos pela CBDA nos cinco esportes aquáticos. Não irão receber seus salários os funcionários”, declarou a entidade.

Para a CBDA, “é incalculável a perda e o retrocesso” que teriam sido causados pela decisão da Justiça. “Não é justo que cinco esportes olímpicos sejam punidos por qualquer que seja a questão – política, burocrática ou judicial. É incalculável a perda e o retrocesso que isso representa, pois não é saudável que atletas, técnicos, organizadores e promotores sejam impedidos de exercer suas atividades por uma acusação que pode não ser verdadeira.”

A entidade voltou a criticar a decisão judicial e mais uma vez alegou que não teve oportunidade para esclarecer as acusações de irregularidades na gestão da confederação. “Nada ainda foi apurado e em nenhum momento foi permitido que a CBDA prestasse esclarecimentos. O inquérito foi todo conduzido à revelia da CBDA”, criticou a entidade.

“Se existe algum tipo de irregularidade, é muito importante que tudo seja esclarecido e seja dado amplo direito de defesa. Se não existir nenhum dolo, que as coisas continuem, após a devida retratação dos que acusaram sem razão. Diante do esporte, isso é secundário. Mas, pelo bem do Brasil e de quem se dedica às modalidades, que se dê continuidade aos processos e rotina de uma das mais vitoriosas confederações brasileiras”, afirmou a CBDA.

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