Quando os líderes europeus se reunirem na próxima sexta-feira, na Eslováquia, pare refletirem sobre o futuro da União Europeia após a saída do Reino Unido, é esperado que eles se comprometam com medidas modestas para aparar divisões no futuro.
O plebiscito de 23 de junho no Reino Unido, no qual 52% dos eleitores votaram por deixar o bloco, levantou questões fundamentais sobre o futuro da UE.
No entanto, ao invés de procurar resolver essas e outras questões espinhosas sobre a integração política – se o necessário é maior ou menor integração, por exemplo – as lideranças devem focar em questões menores na qual podem concordar com mais facilidade, como mais cooperação contra o terrorismo, controle de fronteiras e uma política mais generosa de investimento.
“Nunca antes eu vi tão pouco em comum entre os estados membros. Há poucas áreas onde todos concordam em trabalhar juntos”, disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Em seu discurso anual ao Parlamento Europeu, Juncker pintou um quadro ruim das tensões que crescem no bloco, mas disse crer que a UE tem capacidade de superar o divórcio com o Reino Unido.
“Respeitamos e lamentamos a decisão britânica, mas a UE não está em risco”, disse.
Como uma cura para os problemas do bloco, Juncker propôs uma série de iniciativas em diversas áreas, incluindo uma defesa conjunta e uma política externa mais robustas, a duplicação do fundo europeu de investimento, entre outras iniciativas.
Em outras áreas, irão surgir mais mostras da divisão que ronda o bloco. Um número crescente de pequenas nações como a Hungária, pede controle mais rígido de fronteiras e autonomia nacional, especialmente em relação à políticas de imigração coordenadas a partir de Bruxelas.
“Vamos voltar ao conceito de Europa com nações”, disse o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, em um discurso feito na segunda-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.