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Após briga, docentes de SP mantêm maior paralisação da história

Os professores da rede estadual de São Paulo em greve aprovaram ontem (3) a continuidade da paralisação, que já é a maior da história da categoria no Estado, com 81 dias. Até então, os docentes haviam cruzado os braços por mais tempo em 1989, quando pararam por 80 dias.

Ainda ontem (3), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) que tentava reverter a decisão de corte de ponto dos docentes.

Os grevistas estavam divididos e foi preciso fazer duas votações em assembleia na Avenida Paulista, região central, para que se chegasse a uma conclusão. Com os salários cortados pelas faltas desde maio e nenhuma negociação com o governo estadual, o movimento perdeu força.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) reconheceu queda na adesão à paralisação para 30%. Antes, diziam os grevistas, estava em 60%. Já o governo estadual fala em 4% de ausências na rede, que tem cerca de 230 mil professores.

A poucos minutos da votação, seguranças do próprio sindicato entraram em confronto com manifestantes. Um professor foi agredido e saiu com o nariz sangrando. Ele não quis falar à reportagem. O conflito durou cerca de 10 minutos e não teve participação da Polícia Militar, que cuidava das vias interditadas. Os professores pedem reajuste de 75,33%. O governo diz que anunciará um índice somente em julho.

Incêndio

Os docentes seguiram na direção da Praça da República, onde fica a Secretaria Estadual de Educação. Quando chegaram ao local, por volta das 18 horas, duas barracas do acampamento montado na frente do prédio da secretaria tinham sido incendiados. Os docentes disseram que o incêndio foi proposital, mas não souberam apontar o autor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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