A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) de São Paulo apresentou no início da noite desta quarta-feira o saldo final dos estragos causados pela torcida do Santos no estádio do Pacaembu, durante o jogo contra o Independiente, na quarta, pela volta das oitavas de final da Copa Libertadores. E o clube paulista terá que desembolsar R$ 40 mil para bancar os reparos nas instalações do estádio.
“O custo estimado é de 30 a 40 mil reais. Conforme cláusula de utilização do estádio, o locatário é responsável pelos danos causados ao equipamento”, informou a secretaria, em comunicado. “Conforme cláusula de utilização do estádio, o locatário é responsável pelos danos causados ao equipamento.”
Após avaliação mais completa dos danos causados, a secretaria elevou para 100 o número de cadeiras que foram destruídas pela torcida santista no setor laranja da arquibancada. A estimativa inicial era de 60 cadeiras danificadas.
“Foram destruídas cerca de 100 cadeiras, parte dos alambrados foram amassados, os banheiros tiveram as torneiras quebradas, bem como alguns banheiros químicos, que são locados, foram vandalizados. Também foi constatado que parte do gramado sofreu avarias devido aos artefatos jogados antes da partida ser interrompida”, explicou a secretaria.
Segundo a entidade municipal, as cadeiras foram alvo de dois tipos de danos. Metade foi completamente destruída e precisará ser trocada. A outra metade sofreu menos danos e poderá ser recuperada. “Parte dos alambrados que dividiam as torcidas também foi quebrado, assim como os sifões do banheiro”, acrescentou a secretaria.
A SEME informou ainda que está marcada para esta quinta-feira uma reunião com representantes do Santos. No encontro, a secretaria vai apresentar o relatório completo com todos os danos causados ao estádio, na noite de terça.
Perto do fim do segundo tempo do duelo entre Santos e Independiente, que estava 0 a 0, dois sinalizadores explodiram próximos ao banco de reservas do clube argentino. O incidente levou o árbitro chileno Julio Bascuñan a paralisar o jogo e posteriormente encerrá-lo aos 37 minutos do segundo tempo, diante da dificuldade da Polícia Militar em conter a confusão.
Alguns torcedores entraram em conflito com a PM, enquanto outros tentaram invadir o campo do Pacaembu, sendo que alguns deles tiveram êxito na ação, sendo posteriormente imobilizados. Além disso, cadeiras do setor laranja do estádio foram quebradas e arremessadas na direção do gramado. E, como indicou a secretaria, parte dos equipamentos internos do estádio foram depredados.
Na última terça-feira, o Santos já havia indicado que assumiria a conta dos danos provocados pela sua torcida. O vice-presidente Orlando Rollo, prometeu pagar os prejuízos que a torcida causou no estádio. “Isso está previsto no contrato”, disse, se referindo a dezenas de cadeiras quebradas e divisórias de metal que os torcedores destruíram no Pacaembu.
De acordo com relato da Conmebol, o jogo entre Santos e Independiente foi paralisado aos 37 minutos do segundo tempo e suspenso aos 42 pela arbitragem. E o caso será analisado pelo tribunal disciplinar da entidade, o que pode provocar punições ao torcedor.
A revolta dos santistas, aliás, tem relação direta com outra decisão da Conmebol. Horas antes do jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, a entidade puniu o clube com o placar desfavorável de 3 a 0 no duelo de ida em função da escalação irregular do uruguaio Carlos Sánchez no confronto disputado em Avellaneda e que havia terminado 0 a 0. E a igualdade sem gols no Pacaembu provocou a eliminação do Santos nas oitavas de final da Libertadores.