Economia

Após erro na PNAD 2013, IBGE diz que automatizou processos para evitar falhas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) declarou que aumentou a automatização de processos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente a 2014 para evitar erros como os que foram cometidos na versão de 2013, divulgada em setembro do ano passado. Uma falha na apuração da pesquisa fez com que dados que medem a desigualdade da renda da população piorassem e a taxa de analfabetismo melhorasse.

“O IBGE reconheceu que o processo de trabalho estava muito manual. O que fizemos foi automatizar parte daquele trabalho. Automatizamos o máximo possível aquele processo ali e criamos alguns procedimentos que consideramos importantes, que faziam parte da nossa prática”, disse Wasmália Bivar, presidente do IBGE.

No ano passado, após a identificação do erro na Pnad, o IBGE corrigiu as informações, revelando que o rendimento identificado pela pesquisa foi mais alto, a desigualdade menor e o analfabetismo maior do que o divulgado anteriormente. “Não importa quem apontou, o IBGE tem que rapidamente comunicar e corrigir o erro”, afirmou Wasmália.

Como resposta ao incidente, o instituto criou duas comissões investigativas, uma técnica e outra para buscar responsabilidades no erro.

Segundo a presidente do IBGE, a comissão de sindicância concluiu que o ocorrido foi uma falha humana “a que todos os processos de trabalho estão sujeitos”, sem nenhuma intenção, mas apontou algumas questões que mereciam mais atenção no futuro. Já a comissão técnica declarou que o problema não era parte dos processos de trabalho como um todo e que não havia reparo a fazer.

A versão 2014 da PNAD teve 151 mil domicílios visitados e 363 mil pessoas entrevistadas. No ano que vem, o IBGE divulgará a última edição da Pnad anual, referente a 2015. A coleta de dados está atualmente em campo.

A pesquisa será substituída pela Pnad Contínua, que já apresenta mensalmente indicadores sobre o mercado de trabalho.

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