A Secretaria de Transportes e Trânsito (STT) promete resolver a falta de cartões do Bilhete Único até este domingo. Foi o que garantiu o secretário adjunto da Pasta, Celso Masson, em encontro organizado pelo Sindicato dos Químicos em conjunto com outras entidades de classe vinculadas à Força Sindical, nesta sexta-feira, no auditório do Sindiquímicos. Apesar de esperado, o secretário titular, José Evaldo Gonçalo não compareceu ao encontro.
Na reunião, foram discutidos diversos problemas gerados pela comunicação ineficiente antes da implantação do novo sistema de transportes da cidade, com a chegada do Bilhete Único, no último dia 8. Atualmente, Guarulhos conta com 430 mil viagens por dia, segundo dados da STT.
Masson ainda afirmou que, a partir desta segunda-feira, os cobradores de ônibus e micro-ônibus não comercializarão mais os cartões. Porém, ao longo desta semana, a reportagem constatou que os veículos já não possuíam os bilhetes para venda. E reconheceu que a demanda insuficiente já era esperada. "Nós sabíamos que os 42 pontos não dariam conta", disse.
Com relação aos cartões de vale-transporte, que não estariam realizando a integração, a diretora de planejamento da STT, Suzana Nogueira, garantiu que não é necessário cadastramento para que o cartão passe a atuar como Bilhete Único. "A atualização é automática", enfatizou.
Assim, se o usuário constatar o desconto de mais de uma passagem dentro do período de duas horas, deve entrar em contato no telefone 2475-6996, número disponível para a população tirar dúvidas e registrar ocorrências. "E se houver casos de defeitos técnicos, o usuário será orientado a passar sem pagar a passagem", afirmou Suzana.
Já o telefone para cadastro do cartões (0800-559499), que a reportagem – assim como diversos leitores denunciaram – não conseguiu contato até a manhã de ontem, ganhará mais 10 linhas para atender a população, segundo informou Masson.
Reivindicações – Percursos não atendidos, uso de três ou mais ônibus para se chegar ao destino final, terminais provisórios e sem banheiros para motoristas, cobradores e população, informações desencontradas, entre outras reclamações foram pontuadas pelos representantes de sindicatos e o vereador Índio de Cumbica (DEM), presentes no encontro. Apesar das evidências em relação às reclamações, a diretora desconversou quando questionada sobre a possibilidade da mudança de itinerários. "Estamos em período de avaliação, então não há uma definição sobre mudanças de trajetos".