Neste domingo, 1/03, o médico, Drauzio Varella, entrevistou algumas mulheres trans – mulheres que nasceram num corpo de homem, mas possui uma identidade de gênero feminina – que estão reclusas no sistema prisional. Um dos casos chamou a atenção dos telespectadores. Susy de Oliveira Santos está detida na na Penitenciária l “José Parada Neto”, em Guarulhos, e há 8 anos não recebe visita, e provocou uma campanha nas redes sociais de interação com a detenta.
Durante a entrevista, o médico conversou com mulheres trans, que contaram as dificuldades do dia a dia de quem luta contra o preconceito, em um ambiente hostil e cheio de desafios, entre eles, a violência sexual e a falta de oportunidades. Atualmente 700 mulheres trans estão confinadas em presídios paulistas.
Umas das entrevista chamou a atenção. É o caso de Susy de Oliveira Santos, que relatou seus primeiros anos dentro da cadeia. Com diagnóstico de soropositivo, ela contou ao médico que precisou se prostituir nos primeiros quatro anos dentro do cárcere para arcar com despesas pessoais.
Atualmente ela trabalha na produção de material para vedação de cano. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP), o trabalho prestado rende para Suzy mensalmente 75% do salário mínimo, recurso pode ser usado para complementar suas despesas pessoais.
O ponto que mais comoveu os telespectadores foi o momento que Suzy contou que há oito anos não recebe visita. Emocionada ela confirma para Drauzio que a situação é solitária.
Nas redes sociais, há uma campanha para encaminhar “Cartas para Suzy”. A alta demanda pelo endereço de Suzy, fez com que a Sap divulgasse o endereço da detenta, em sua conta oficial no Twitter.
Endereço para correspondência
Rua Benedito Climérico de Santana, 600, Várzea do Palácio, CEP 07034-080, Guarulhos/SP. (Favor colocar o nome da reeducanda no envelope).