Eleições 2022 Política

Após Guti apoiar Bolsonaro e Tarcísio, militantes petistas gritam contra o prefeito em evento com Lula

Um grupo de militantes petistas, que acompanhavam os candidatos do PT, Luis Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, a presidente e governador respectivamente, na manhã desta sexta-feira no calçadão da rua Dom Pedro, começaram a gritar “fora Guti”, quando o segundo discursava.

O protesto dos petistas, que vem perdendo eleições majoritárias seguidas na cidade desde 2014, se deu porque o prefeito Guti (PSD) gravou nesta semana vídeos junto aos candidatos a presidente Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).  O chefe do Executivo esteve em São Paulo com os dois, quando reforçou com ambos compromissos concretos para Guarulhos.

Primeiro turno

O presidente Jair Bolsonaro (PL) teve 45,46% dos votos válidos contra 42,79% de Lula em Guarulhos. O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) se saiu melhor com 40,90% dos votos contra 39,31% de Haddad. Nos dois casos, haverá segundo turno no próximo dia 30 de outubro.

Na coleção de derrotas petistas em Guarulhos, somam-se as duas últimas eleições municipais em Guarulhos, quando o ex-prefeito Elói Pietá tentou voltar ao cargo. Em 2016, ele não foi nem para o segundo turno. Já em 2020, disputou e perdeu o pleito final. Nas duas oportunidades, o vencedor foi o atual prefeito Guti (PSD).

Nas eleições presidenciais de 2014, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), apesar da então presidente ter obtido a reeleição, a votação do tucano foi maior. No segundo turno, Aécio venceu por 34,1% a 26,1% nos votos apurados em Guarulhos. Já em 2018, quando Jair Bolsonaro venceu Haddad para presidente, nova derrota petista na cidade. Foi 66,1% a 33,8% no segundo turno.

As seguidas derrotas do PT em Guarulhos são relacionadas diretamente aos 16 anos que o partido administrou o município com os ex-prefeitos Elói Pietá e Sebastião Almeida, hoje no PDT. A cidade chegou em 2016, último ano das administrações petistas, Guarulhos acumulou uma série de problemas. A cidade seguiu com 92% da população sofrendo com o rodízio no abastecimento de água, apenas 2% do esgoto tratado, dezenas de obras paradas por todo o município, como quatro CEUs (Centros de Educação Unificada) e duas UPA (Unidades de Pronto Atendimento), completamente largados, assim como creches e escolas.

 

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