Cidades

Após paralisação relâmpago, condutores podem entrar em greve na quarta-feira

Com a indefinição sobre o reajuste salarial da categoria, que tem data-base em 1º de maio, motoristas e cobradores  das três empresas que operaram no sistema de transporte coletivo de Guarulhos podem entrar em greve a partir da próxima quarta-feira, 25. A falta de negociação entre as empresas do setor com o Sincoverg (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários no Transporte de Passageiros, Urbano, Suburbano, Metropolitano, Intermunicipal e Cargas Próprias de Guarulhos e Arujá em São Paulo), que representa a categoria, foi o motivo da paralisação das atividades na manhã desta sexta-feira, 20.
 
Segundo a entidade, a definição sobre o índice de reajuste deveria ter ocorrido no primeiro dia deste mês. No entanto, sem qualquer perspectiva sobre a aplicação do índice de inflação medido pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) durante o período de maio de 2015 a abril de 2016, que registrou o percentual de 9,34%, a prestação de serviço foi paralisada entre 3h e 7h30, desta sexta-feira. Os veículos deixaram as garagens após este horário. Linhas da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) também foram prejudicadas com a paralisação de mais de quatro horas. 
 
“As empresas ainda não sentaram para negociar, não apresentaram proposta nenhuma para os sindicatos e a única coisa que dizem é que quando a maioria dos sindicatos fecharem, eles querem fechar igual. Temos alguns exemplos de categorias que fecharam em 8%. Isso não repõe nem o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que é de 9,34%”, justificou a paralisação o presidente do Sincoverg, Maurício Brinquinho. 
 
As três empresas juntas (Vila Galvão, Guarulhos e Campos dos Ouro) transportam diariamente cerca de 550 mil passageiros, por meio de 600 veículos. Apesar do atraso de quase 20 dias no processo de negociação, o mandatário sindical revelou que existe a possibilidade de haver greve do setor a partir da próxima quarta-feira caso não haja qualquer tipo de definição sobre o reajuste. 
 
“A categoria não vai aceitar isso. Fizemos um protesto hoje avisando que, se não negociar, a gente vai parar de vez. Dia 25 vamos ter uma assembleia às 16h e caso não apareça nenhuma proposta vamos decretar a greve e se aparecer vão apreciar a proposta”, concluiu Brinquinho.
A reportagem do GuarulhosWeb procurou a Prefeitura, por meio da STT (Secretaria de Trânsito e Transporte), e a Guarupass, entidade que administra o sistema de transporte coletivo do município, porém não obteve qualquer tipo de resposta sobre os motivos que ocasionaram a paralisação e tampouco sobre a proposta empresarial e ações para minimizar os efeitos causados pela falta de transporte a população