Uma forte pressão dos vereadores listados na publicação da Câmara Municipal de Guarulhos, que suspendeu o contrato de 154 servidores da casa, incluindo 16 parlamentares, por não terem apresentado o comprovante de vacinação contra a Covid-19, fez o presidente da Casa, Fausto Martello, voltar atrás. Segundo a assessoria informou ao Bom Dia SP, da TV Globo, na manhã desta segunda-feira, a publicação foi um equívoco e será revista. Mas informou que os funcionários concursados que aparecem na lista serão alvo de sindicâncias, enquanto os comissionados terão os salários cortados devido à suspensão no contrato de trabalho.
Já a suspensão dos contratos de trabalho dos vereadores foi “uma irresponsabilidade da direção do legislativo guarulhense”, conforme publicou o vereador Geraldo Celestino em sua rede social. Ele apresentou o atestado de vacinação e discordou do ato do presidente da Casa. “Não apenas estou vacinado, como defendo que a vacina seja obrigatória para toda população! Sou presidente da Comissão de Saúde e acompanho de perto os esforços para que a população seja vacinada em sua totalidade”.
Celestino lembrou que vereador não tem contrato de trabalho. “Ttem mandato, portanto não cabe ao Presidente suspende-lo”, afirmou. Danilo Gomes disse que foi um erro grosseiro da presidência. “Eu graças a Deus fui vacinado e toda a minha assessoria, mas infelizmente um erro grosseiro acaba expondo as pessoas e o pior, não é verídico”, disse nas redes sociais. Márcia Taschetti ironizou: ”Quem disse que não estamos vacinados??????? Isso é piada”, publicou. E disse mais: “Um absurdo alguém pensar que vereador nao se vacinou. Até e-mail para Câmara comprovando vacinação eu enviei e tenho certeza que os demais vereadores também. Infelizmente quem publicou isso é irresponsável e incompetente”.
Conforme a publicação no Diário Oficial do Município da última sexta-feira, a partir desta segunda-feira, 25, os servidores da Câmara de Guarulhos que ainda não apresentaram o comprovante de vacinação contra a Covid-19 vão ser suspensos. Entre vereadores, funcionários concursados e comissionados, 690 pessoas trabalham na Câmara – mais de 20% delas não apresentaram o comprovante de imunização, segundo uma lista do departamento de Saúde da Casa. A publicação se baseia no fato de a vacinação contribuir para a preservação da saúde dos servidores, que o interesse público deve prevalecer sobre o interesse particular e considera também o decreto municipal sobre a obrigatoriedade da vacinação dos funcionários públicos da cidade.
