Na última quinta-feira, 22, aeronautas e aeroviários paralisaram suas operações aeroviárias, em todo País, por pelo menos uma hora, para reivindicar melhorias em seus respectivos vencimentos. No entanto, o presidente do Sindigru (Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos), Orisson Melo, quer a inclusão dos agentes de check-in dentro da proposta salarial apresentada e julgada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), na última sexta-feira, 23.
De acordo com o mandatário do Sindigru é preciso discutir um piso salarial para os profissionais que exercem a função de agentes de check-in. Ele, que também ocupa o cargo de diretor da Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT), ressaltou a importância da paralisação para que pudesse construir a proposta julgada pelo TST.
Uma assembleia entre os profissionais da categoria está marcada para acontecer nesta terça-feira, 27, com o objetivo de avaliar a proposta mediada pelo TST em audiência de conciliação entre a Fentac e as empresas aéreas. Segundo informações da entidade, via assessoria de imprensa, as paralisações estão momentaneamente suspensas até o desfecho do encontro.
A proposta, que foi acordada entre as partes, determina reajuste salarial de 7% retroativo à data-base das categorias (1º de dezembro), respeitando o teto de R$ 10 mil para aeroviários; 8,5% de reajuste no vale-alimentação (aeronautas e aeroviários), vale-refeição de aeroviários e nas diárias de aeronautas, além de um reajuste no teto do vale alimentação (para ambas categorias) para o valor de R$ 4 mil – esses reajustes entrariam em vigor a partir de 1º de
fevereiro.
Com relação a essas duas situações, a proposta do TST prevê um prazo de 90 dias (até 1ª de junho) para que a empresa e os trabalhadores instituam comissões de estudos para estudar, discutir e apresentar à Vice-Presidência termos aditivos ao acordo.
No caso dos aeronautas, o objeto de estudo serão as folgas, escala de madrugada, sobreaviso e reserva, horas de solo, tabela de jornada de trabalho, limites de horas e diárias internacionais. Para os aeroviários, a comissão discutirá a fixação do piso salarial para os agentes de check-in. "São temas muito sensíveis, que pretendemos resolver num prazo que considero exíguo, para atender a reivindicação das categorias por meio de um aditivo ao acordo", explicou Melo.