Após oito dias em protesto dentro do Hospital Pimentas Bonsucesso, o Movimento pela Saúde, formado por moradores da região e grupos ligados a igreja católica, recebeu uma boa notícia por parte da Secretaria Municipal de Saúde. Apesar de não conseguir a abertura total do pronto socorro para todos os pacientes, conforme reivindicava o grupo, os atendimentos preferenciais passam a ser recebidos.
O grupo ocupou parte da recepção principal do hospital durante oito dias de vigílias, orações e protestos, apoiados pela população, que se sentia abandonada, já que o Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso estava encaminhando seus pacientes para outros locais sem auxilio de locomoção.
Os manifestantes chegaram a ser recebidos por representantes da Secretaria de Saúde, que teriam alegado não dispor de verba para realizar as demandas encaminhadas pelo grupo e teriam ainda afirmado que os prontos atendimentos Maria Luiza e Dona Luiza estariam capacitados para realizar acolher todos os pacientes, o que não é verdade.
Insatisfeitos com as respostas, o grupo apoiado pela Diocese de Guarulhos realizou chamamentos à população, caminhadas e permaneceu no local. Por fim foram recebidos novamente pela administração numa reunião, em que algumas reivindicações foram atendidas.
Em ata ficou assumido alguns compromissos. As especialidades Ortopedia e Neurocirurgia têm garantia de atendimento através de interconsulta no pronto socorro. Foi garantido o atendimento médico 24 horas de crianças menores de 12 anos em estado febril (37,8ºC), recém nascidos (menores de 30 dias) independente de estado febril, pessoas com deficiência e idosos acima de 60 anos, independente da classificação de risco. No período da meia noite às 6h, o atendimento de urgência/emergência ao total da demanda espontânea, garantia do transporte para pacientes encaminhados para o Pronto Atendimento Dona Luiza 24 horas por dia.
Segundo a Secretaria de Saúde, a nova adequação nos atendimentos tem prazo para início de 10 dias. A unidade não precisará dispor de custos adicionais já que tem plenas condições de receber estes pacientes.
Apesar da conquista, o grupo não desiste de ter suas demandas atendidas. Por este motivo, um abaixo assinado está circulando pela região e pede que o pronto socorro abra as portas para todos os pacientes com qualquer classificação de risco, a compra de um tomográfo, já que o aparelho da unidade está quebrado. Pedem ainda que o equipamento deve também atender casos de obesidade, se tornando referência na cidade e todos os benefícios assegurados para os funcionários do hospital.



