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Após quase 43 horas, Câmara encerra sessão que antecede votação do impeachment

Após quase 43 horas de debate ininterrupto, terminou às 3h42 deste domingo a 9ª e última sessão consecutiva sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, antes da reunião em plenária que votará a admissibilidade do processo contra a petista, que foi convocada para as 14h.

A sessão quebrou o recorde da Casa Legislativa como a maior da história. Apesar dos 249 parlamentares terem se inscrito para se pronunciar, nem todos resistiram até o final. Mais de 70 desistiram e outra centena não compareceu. Por isso, a sessão foi encerrada antes do previsto, com um quórum de menos de 20 congressistas.

A sessão começou já com um acordo, proposto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para terminar mais cedo. Os partidos abriram mão do tempo reservado às lideranças, que é de uma hora para cada um, para antecipar o fim da sessão. Logo após o acordo, Cunha deixou a Câmara.

Os discursos avulsos foram intercalados entre governistas e opositores que tiveram, cada um, três minutos para falar. Alguns dos deputados que aguardavam a chamada para o pronunciamento tentavam se manter acordados a base de cafezinho e refrigerante. “Estou esperando para falar há mais de 40 horas”, protestou o deputado Hildo Rocha (PMDB), demonstrando fastio enrolado em uma bandeira do seu estado, o Maranhão, enquanto bebericava uma Coca-Cola na lanchonete conjugada ao plenário. “Ficou direto?”, perguntou um assessor. “Claro que não, voltei agora”, admitiu o deputado, que só conseguiu a palavra por volta das 3h30.

Sem grandes mudanças nos pronunciamentos desde o começo dos debates, a sessão foi marcada por um momento em que os congressistas se exaltaram e deputados do PT, PDT e PMDB trocaram empurrão e bateram boca em plenário. Os colegas tiveram que apartar a briga entre os deputados Vitor Valim (PMDB-CE) e Sibá Machado (PT-AC).

Na sessão de votação das 14h, o primeiro a falar será o relator do pedido, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), com 25 minutos de tempo. Em seguida, haverá o encaminhamento da votação pelas lideranças partidárias e, finalmente, a votação nominal e aberta. Cunha prevê que o resultado seja divulgado às 21 horas.

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