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Após quase um ano em crise, Federação Italiana de Futebol elege novo presidente

Gabriele Gravina é o novo presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC, em italiano). O dirigente, ex-presidente da Lega Pro, que organiza o campeonato da terceira divisão do país, foi candidato único e recebeu 97,2% dos votos em uma assembleia eleitoral nesta segunda-feira.

“Gabriele é um de vocês, alguém que quer mudar e relançar o futebol italiano. Vamos mudar de orientação e direção”, disse Gravina, de 65 anos. “O futebol que eu quero foca na juventude, mas também no futebol feminino. Eu quero um futebol sustentável, aberto às famílias, com modernidade e infraestrutura. Além de uma equipe nacional competitiva”.

A FIGC mergulhou em uma crise desde novembro do ano passado, quando Carlo Tavecchio renunciou ao cargo de presidente após a seleção italiana ser eliminada pela Suécia na repescagem das Eliminatórias Europeias e não poder disputar a Copa do Mundo da Rússia.

“Nós responderemos com fatos, comportamento e trabalho. Nós precisamos saber sonhar, planejar e acreditar”, disse Gravina. “O futebol não pode esperar. É agora que temos para dar tudo de nós, colocando ideias que ajudem nosso futebol. Nosso mundo pode voltar a ser magnífico. Acabamos de sair da parte de trás de um ano de sinais de instabilidade e fragmentações. Esse não é o futebol que eu quero”.

Em janeiro, Roberto Fabricini foi nomeado líder de emergência, após as eleições terem 59,09% dos votos em branco. Três eram os candidatos: Damiano Tommasi, Cosimo Sibilia e o próprio Gabriele Gravina. Com isso, o Comitê Olímpico da Itália (CONI, na sigla em italiano) assumiu a direção da entidade.

Gravina iniciou no futebol em 1984 ao assumir a presidência do Castel del Singro, equipe de cidade de mesmo nome, com apenas cinco mil habitantes. Ele seguiu no cargo até 1996 e conseguiu levar o clube até a Série B italiana.

O futebol italiano está em crise, tanto em sua liga nacional, com clubes sem dinheiro e perda de grandes nomes para outros da Europa, quanto na seleção principal. A Itália ficou de fora de uma Copa do Mundo pela primeira vez em 60 anos. Em 2006 ganhou o título, mas nas duas edições passadas, em 2010 e 2014, foi eliminada na fase de grupos.

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