Desenvolvida em conjunto com a empresa AstraZeneca, a vacina da Universidade de Oxford teve os testes suspensos temporariamente após um dos voluntários, no Reino Unido, apresentar reação adversa ao antídoto, que é a maior aposta do Ministério da Saúde contra o coronavírus.
Segundo o “The New York Times”, o o paciente teve mielite transversa, uma síndrome que afeta a medula espinhal. Com a medida, os testes no Brasil também estão suspensos, embora nenhum dos 5 mil voluntários brasileiros tenham apresentado “registro de intercorrências graves”, conforme aponta a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma das responsáveis pelo estudo no país.
A AstraZeneca afirmou que “esta é uma ação rotineira que deve acontecer sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos”. O caso do paciente é acompanhado pela farmacêutica.
“Em grandes ensaios, os eventos adversos acontecem por acaso, mas devem ser revistos de forma independente para verificar isso cuidadosamente. Estamos trabalhando para acelerar a revisão de um único evento para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste. Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e os mais altos padrões de conduta em nossos testes”, completou a nota.
O Brasil pretende investir R$ 1,9 bilhão com a vacina, entre pagamento à empresa, produção e absorção da tecnologia pela Fiocruz. Ministro-interino da Saúde, Eduardo Pazuello afirmou nesta terça-feira, 8/9, que pretende iniciar a campanha de vacinação contra o coronavírus no Brasil em janeiro de 2021.