A reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) terminou sem que os membros chegassem a um acordo sobre uma redução na produção de petróleo, fazendo com que os países continuem a produzir níveis quase recordes em uma mercado que segue penalizado com o excesso de oferta.
Os membros que exigem cortes de produção, tais como o Irã e a Venezuela, foram relutantes ou incapazes de oferecer tais cortes, enquanto a Arábia Saudita, que poderia reduzir, recusou-se a realizar o corte, a menos que todos os membros participem do processo, juntamente com alguns produtores de fora da organização.
O impasse significa que os membros da Opep provavelmente irão continuar a bombear o petróleo em volumes quase recordes ao longo dos próximos meses, principalmente porque é esperado que as sanções internacionais contra o Irã comecem a ser retiradas e o país comece a produzir e exportar milhares de barris de petróleo por dia.
O grupo tem produzido mais de 31 milhões de barris por dia ao longo de para a maior parte de 2015 e agora será adicionado mais 890 mil barris, uma vez que a Indonésia foi incluída no grupo. No entanto, o teto oficial de produção do grupo ficou inalterado em 30 milhões de barris por dia.
O grupo volta a se reunir novamente no ano que vem, provavelmente entre maio e junho, mas Opep disse que o patamar de produção de petróleo será reavaliado em janeiro ou fevereiro. A pressão sobre o grupo poderia aumentar ainda mais com a volta do Irã e mais seis meses de preços baixos podem corroer a posição fiscal dos membros da Opep.
O ministro do petróleo do Irã disse que o país tem o objetivo de aumentar a produção em 1 milhão de barris por dia, quase que imediatamente, embora analistas independentes dizem que a figura mais realista fica em torno de 500 mil barris no próximo ano. Fonte: Dow Jones Newswires.