Política

Após ser alvo de busca e apreensão por rachadinha, vereadora diz que é vítima de perseguição

A Polícia Civil investiga um possível esquema de rachadinha na Câmara Municipal de Guarulhos. Na última terça-feira, 28/6, segundo reportagem apresentada pela TV Globo, um mandado de busca e apreensão foi cumprido no gabinete da vereadora Márcia Taschetti (PP). Outras duas equipes, que investigam corrupção, crime organizado e lavagem de dinheiro, foram para a casa da vereadora e do chefe de gabinete dela, Diego Vilani. Em redes sociais, a parlamentar diz ser vítima de perseguição política.

Durante a operação da polícia, foram recolhidos cinco computadores e três celulares. Taschetti é investigada por suspeita de ter feito rachadinha, como é chamado o esquema ilegal em que funcionários têm de devolver parte do salário para o vereador. Segundo a reportagem, foi a própria vereadora quem provocou a investigação.

Em dezembro do ano passado, ela entrou com uma ação na Justiça para que uma ex-assessora retirasse de uma rede social a denúncia de que tinha sido vítima de rachadinha. O Ministério Público (MP) e o juiz acharam estranho, perceberam que poderiam estar diante de um crime e pediram para a polícia investigar.

O GuarulhosWeb enviou questionamentos a Diego à vereadora por meio da Câmara Municipal e da própria assessoria de Márcia Taschetti, mas não teve retorno até o momento. O espaço está aberto para a parlamentar.

Em live transmitida em suas redes sociais nesta quinta-feira, 30, a vereadora nega o esquema. “Eu quero deixar bem claro, como eu tive uma pessoa que fazia indiretas no Facebook, eu processei essa pessoa. E por conta do processo que fiz o Ministério Público, óbvio, tem que apurar exatamente tudo, e mandou que fosse apurado. Essa vereadora aqui faz questão de ser investigada, tudo nos mínimos detalhes”, declarou Márcia. A parlamentar, que também mostrou prints de conversas com a ex-assessora alegando ter sido ameaçada, disse que a mulher foi exonerada logo no início do mandato.

O delegado Helton Padilha, responsável pela investigação, explicou à TV Globo como os celulares e computadores apreendidos devem ajudar a esclarecer o caso. “O objetivo é investigar se aquelas alegações da parte denunciante encontram veracidade nas trocas de mensagens nos celulares, trocas de e-mails, computadores. Então nós submetemos esse material à perícia de extração de dados para ver se a gente comprova ou não aquilo que foi alegado pela denunciante.”

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