Esportes

Após Wada ameaçar suspender ABCD, governo diz cumprir Código Mundial Antidoping

Ameaçado de ver a Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) ser novamente suspensa pela Agência Mundial Antidoping (Wada), o Ministério do Esporte garante que “o Brasil tem cumprido as normas do Código Mundial Antidoping (Code, na sigla em inglês) e atendido às diretrizes da Wada”. Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, um dia depois do anúncio da entidade sediada em Montreal (Canadá), o governo brasileiro explicou que a criação de um tribunal único antidopagem segue sendo questionado pela agência, mas que sua instalação segue “o rito exigido pela legislação brasileira”.

“A lei que criou a Justiça Desportiva Antidopagem (JAD) foi publicada no Diário Oficial da União em 29 de julho. O prazo para instalação é final de fevereiro de 2017. O Conselho Nacional do Esporte (CNE) aprovou no último dia 10 de outubro resolução que estabelece o procedimento de indicação dos representantes de entidades de administração do desporto e das entidades sindicais de atletas na composição da Justiça Desportiva Antidopagem”, explica o Ministério do Esporte. Tal resolução aparece no Diário Oficial da União desta quinta-feira. Ainda de acordo com a pasta, esses representantes serão referendados pelo CNE, após oitiva das entidades.

No último dia 11 de outubro, o ministro Leonardo Picciani (PMDB-RJ), o secretário nacional da (ABCD), Rogério Sampaio, e o gerente-geral dos Serviços de Controle de Doping dos Jogos Rio-2016, Eduardo de Rose, estiveram em Montrela, onde apresentaram a resolução à diretoria da Wada. Segundo o Esporte, eles “reiteraram o compromisso brasileiro de cumprir todas as determinações do Code”.

Em reunião na última segunda-feira, a Wada definiu que, a não ser que os problemas sejam resolvidos até 10 de novembro, um comitê que analisa se as agências nacionais estão em conformidade com o Code vai recomendar a suspensão ao Conselho de Fundação de Agência, que vai se encontrar em 19 de novembro, em Glasgow, na Escócia. Azerbaijão, Grécia, Guatemala e Indonésia também receberam o mesmo ultimato.

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